Mas não adianta muito saber dos riscos biológicos se não souber sobre biossegurança.
Biossegurança compreende um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, mitigar ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente.
Muitos fatores influenciam na segurança de todos quando falamos dos riscos biológicos.
E para reduzir este risco inerente a equipe de segurança do trabalho, deve definir vários procedimentos de segurança.
E como você já sabe, você deve seguir estes procedimentos, para a segurança de todos!
Antes de prosseguir vamos aprender alguns termos que vão facilitar a sua compreensão de todo o conteúdo.
Áreas Controladas: Áreas sujeitas a regras especiais de proteção e segurança, com a finalidade de controlar as exposições normais, prevenir a disseminação de contaminação e prevenir ou limitar a amplitude das exposições potenciais.
Conforme definição da Norma Regulamentadora 32 – Segurança e Saúde no trabalho em serviços de saúde.
Assepsia: Assepsia são procedimentos feitos para impedir a entrada, permanência e proliferação de micro-organismos. Simplificando são os cuidados de limpeza e higiene.
Barreiras: Todo meio físico que pode ser utilizado com forma de impedir ou dificultar a contaminação por agentes patogênicos. Os equipamentos de proteção individual são um exemplo.
Além dos EPIs, temos outro tipo de barreira que são os equipamentos de proteção coletiva, e um exemplo são as Cabines de Segurança: que são equipamentos projetados para proporcionar proteção ao operador, ao ambiente e ao produto. Estes equipamentos só devem ser utilizados por colaborador devidamente instruído.
Calçados fechados: Calçado que não proporciona a exposição da região do calcâneo, que é o calcanhar, do dorso, mais conhecido como peito do pé ou das laterais do pé.
Descontaminação: Processos que eliminam parcial ou totalmente os micro-organismos. O objetivo da descontaminação é tornar qualquer material seguro para sua reutilização ou descarte. Esse processo pode ser executado por meio de limpeza, desinfecção e/ou esterilização. Perfurocortante: Materiais utilizados na assistência à saúde que tem ponta ou gume, ou que possam perfurar ou cortar.
Material Biológico: Amostras de sangue, plasma, hemácias, meios de culturas e outros.
Agora sim podemos começar com algumas regras para as áreas com riscos biológicos. Que também podemos chamar de boas práticas. Estas regras também servem para qualquer risco, não só o biológico.
E começamos pelo obvio, mas, importante!
Seguir as boas práticas de fabricação e controle para os laboratórios e área de produção.
Não adianta só conhecer as boas práticas se no dia a dia você não seguir as mesmas.
Ter conhecimento prévio dos riscos, especificação das práticas a serem adotadas e procedimentos para eliminação do risco.
Por este motivo você deve ler o artigo sobre riscos biológicos.
Realizar treinamentos de segurança apropriado para a atividade executada, como este que esta aula faz parte.
OK, mas quais as boas práticas para atividades em locais com risco biológicos que devemos seguir?
A norma 32 diz que, o empregador deve vedar o consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho. Mas para uma segurança completa devemos ser mais abrangentes e não comer, beber, fumar, mascar chiclete/bala nos laboratórios, nas áreas de produção, estoque de insumos, produtos acabados, recebimento, expedição e assistência técnica. Os alimentos deverão ser armazenados em embalagens hermeticamente fechados em local apropriado.
Mas a norma não diz respeito apenas as obrigações do trabalhador, o empregador também tem suas obrigações como, disponibilizar lavatório exclusivo para higienização das mãos provido de água corrente, sabonete líquido, toalha descartável e lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual, em locais com risco biológico.
As mãos devem ser lavadas/higienizadas antes e após a manipulação de agentes químicos ou material biológico, mesmo que tenha usado luvas de proteção, bem como antes de deixar o local de trabalho.
Lembre-se, além de lavar as mãos é importante evitar o hábito de levar as mãos a boca, nariz, olhos, rosto ou cabelo.
Como parte da Biossegurança vamos ver algumas dicas referentes aos EPI
– Utilizar jalecos ou outro tipo de uniforme protetor, em áreas com riscos biológicos.
– Utilize luvas, óculos e máscara facial quando manusear material químico, biológico e/ou infeccioso.
– Utilize calçados fechados que possam proteger contra acidentes nos laboratórios e outras áreas com riscos químicos e biológicos de produção.
Lembre-se, os equipamentos de proteção individual são a última barreira para impedir uma contaminação. Sempre siga as orientações de cada atividade e área de atuação.
Antes de entrar em ambientes controlados, observe se você tem autorização para entrar, os treinamentos necessários e se está utilizando os equipamentos de proteção individual recomendados.
Lembre-se de manter as portas fechadas sempre que recomendado, principalmente em áreas restritas.
Quando for necessário o acesso à produção de demais colaboradores e ou visitantes, deverá ser observado o tipo de vestimenta apropriada para o setor.
Não deve ser permitido transitar no refeitório, copa e sanitários com jaleco e calçado de segurança impermeável usados na Produção e Laboratórios.
Cabines de segurança e capelas só devem ser acessados e utilizadas por profissional devidamente treinados.
Uma orientação que parece obvia, mas é sempre bom lembrar, nunca pipete com a boca. Mesmo que seja água destilada. Deve-se sempre utilizar dispositivos de pipetagem mecânica ou automática.
Vidraria quebrada e pipetas descartáveis, após descontaminação, devem ser colocadas em caixa com paredes rígidas, rotulada vidro quebrado e descartada como lixo geral.
Agora vamos falar sobre zelar pela limpeza e manutenção dos laboratórios e das áreas de produção, cumprindo o programa de limpeza e manutenção estabelecido para cada área equipamento e superfície.
Deve-se descontaminar os locais e as superfícies de trabalho quando houver respingos ou derramamentos de material biológico. E para isso deve-se observar o processo de desinfecção específico para escolha e utilização do agente desinfetante adequado. Executar os serviços de limpeza conforme procedimentos internos.
Descontaminar através de autoclavação todos os resíduos de origem biológica que apresentarem crescimento de microrganismos, seguindo as recomendações para descarte desses materiais.
E lembre-se de descontaminar todo equipamento antes de qualquer serviço de manutenção.
E como proceder em caso de um acidente?
Qualquer acidente, por menor que pareça, deve ser imediatamente comunicado ao responsável da área e para a equipe de segurança do trabalho, para que eles tomem medidas cabíveis conforme previsto em lei.
Você deve ficar atento a quaisquer alterações no quadro de saúde de seus colegas de trabalho, tais como: gripes, alergias, diarreias, dores de cabeça, enxaquecas, tonturas, mal-estar em geral, feridas expostas, e notificar imediatamente ao responsável da área.
Saber a localização do lava-olhos, chuveiro de segurança e extintores de incêndio mais próximos. Assim como, como utilizar estes equipamentos, é de grande importância em caso de acidentes. Se você não tiver estas informações pergunte ao responsável pelo setor.
O Curso de Direção Defensiva da Valor Crucial Treinamentos é projetado para oferecer orientações práticas e essenciais para motoristas e passageiros, com o objetivo de aumentar a segurança em todos os tipos de deslocamentos. Este curso aborda desde a legislação e manutenção preventiva até técnicas de condução em condições adversas, assegurando viagens mais seguras para todos.
Anualmente, mais de 1,35 milhão de pessoas perdem suas vidas em acidentes de trânsito ao redor do mundo, sendo uma fatalidade a cada 15 minutos apenas no Brasil. Diante desses números alarmantes, a Valor Crucial Treinamentos oferece um curso essencial sobre direção defensiva, destinado a educar sobre práticas seguras que podem reduzir drasticamente esses incidentes.
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Você vai aprender dicas valiosas de locomoção segura, direção defensiva e preventiva para ampliar a sua segurança e a de todos.
Para mais dicas sobre como prevenir acidentes e promover a segurança no trabalho, inscreva-se no nosso canal do YouTube e confira nossos conteúdos exclusivos: Valor Crucial no YouTube.
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2. Entendendo o Sistema Nacional de Trânsito e o Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB), estabelecido pela Lei nº 9.503 de 1997, é a pedra angular da legislação de trânsito no Brasil. Ele não apenas introduziu medidas essenciais como a obrigatoriedade do cinto de segurança, mas também continua a ser um guia fundamental para as práticas seguras de trânsito. Desse modo, este código assegura que todos os cidadãos têm o direito de trafegar em condições seguras, uma responsabilidade compartilhada por todos os envolvidos, desde motoristas e pedestres até os órgãos governamentais.
O Sistema Nacional de Trânsito (SNT)
O SNT é um conjunto de órgãos governamentais que regulamentam o trânsito nos âmbitos municipais, estaduais e nacionais, tanto nas vias urbanas quanto nas rodovias. Seus principais componentes são:
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito;
DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito;
DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito.
Descrição das Funções do SNT
As funções do Sistema Nacional de Trânsito são amplas e incluem desde o registro e licenciamento de veículos até a fiscalização e aplicação de penalidades. Além disso, ele é essencial para a formação e reciclagem de condutores, garantindo que as normas de segurança sejam cumpridas e os acidentes minimizados.
Pronto para se aprofundar nas causas dos acidentes no trânsito e aprender como evitá-los? Continue conosco para descobrir as principais causas de acidentes e como a direção defensiva pode fazer a diferença.
3. Principais Causas de Acidentes no Trânsito: O que Você Precisa Saber
Entender as principais causas de acidentes no trânsito é fundamental para desenvolver uma condução mais segura e consciente. A seguir, apresentamos os dez fatores mais comuns que contribuem para os acidentes nas estradas brasileiras:
Falta de Atenção: A distração ao volante é a causa número um de acidentes. Manter o foco na estrada é essencial.
Desobediência à Sinalização: Ignorar placas e semáforos pode levar a colisões perigosas.
Velocidade Incompatível: Exceder o limite de velocidade aumenta o risco de acidentes graves.
Consumo de Álcool e Entorpecentes: Dirigir sob o efeito de substâncias altera a percepção e a capacidade de reação.
Defeito Mecânico no Veículo: A manutenção regular do veículo é crucial para evitar falhas mecânicas.
Desobediência à Distância de Segurança: Manter uma distância segura do veículo à frente permite tempo para reações em caso de imprevistos.
Dormir ao Volante: A fadiga ao dirigir é perigosa. Descanse antes de pegar a estrada.
Animais na Pista: Estar atento a animais, especialmente em áreas rurais, pode prevenir acidentes.
Ultrapassagem Indevida: Ultrapassar em locais proibidos ou sem visibilidade é extremamente arriscado.
Defeito na Via: Estradas mal conservadas podem contribuir para acidentes. Dirija com cautela em condições precárias.
Agora que você conhece as principais causas, como pode evitar esses riscos?Por isso, a seguir, vamos entender a diferença entre direção defensiva e direção preventiva.
4. Direção Defensiva vs. Direção Preventiva
Entenda a Diferença
Entender as diferenças entre direção defensiva e direção preventiva é importante para qualquer motorista que deseja garantir sua segurança e a dos outros no trânsito. Vamos desvendar esses conceitos para que você possa aplicá-los em suas práticas diárias.
Direção Preventiva
A direção preventiva envolve medidas proativas que um motorista pode adotar para evitar riscos antes que eles se tornem uma ameaça. Isso inclui manter a distância de segurança adequada, verificar regularmente as condições do veículo e estar atento às condições da estrada e ao comportamento dos outros motoristas. O objetivo é antecipar possíveis problemas e evitar situações perigosas.
Direção Defensiva
Por outro lado, a direção defensiva é a habilidade de reagir prontamente a situações imprevistas no trânsito. Imagine que o veículo à sua frente freia bruscamente; a capacidade de desviar ou parar rapidamente para evitar uma colisão é um exemplo de direção defensiva. Este tipo de condução foca em proteger-se de incidentes já em andamento, minimizando danos em situações críticas.
Exemplos Práticos
Por exemplo, se você mantém uma distância segura do carro à frente, você está praticando a direção preventiva. Mas, ao reagir rapidamente para evitar colidir com um obstáculo que surge de repente, você está aplicando a direção defensiva.
Embora ambas as práticas sejam fundamentais, a direção preventiva é frequentemente mais enfatizada em nossos cursos por ser a mais eficaz em evitar acidentes antes que eles ocorram. Lembrando sempre: é melhor prevenir do que remediar.
5. Práticas Essenciais de Direção Preventiva: Mantenha Seu Veículo Seguro
A direção preventiva começa bem antes de você colocar o carro na estrada. Conhecer as condições do seu veículo e garantir sua manutenção adequada são passos cruciais para uma condução segura. Vamos explorar como você pode adotar essas práticas importantes.
Conhecendo seu Veículo
Antes de dirigir, familiarize-se com as especificações e o funcionamento do seu veículo. Verifique se todos os sistemas estão operando corretamente, especialmente freios, luzes e pneus.
Verificação de Segurança Antes da Condução
Sempre faça uma checagem rápida antes de iniciar qualquer viagem. Confira os pneus (inclusive evitar pneus carecas, uma infração grave de trânsito e um risco à segurança), luzes e se há algum vazamento ou ruído incomum. Essa prática não só assegura sua segurança, mas também a de todos na estrada.
Atenção ao Estado do Motorista
Se estiver pegando carona ou utilizando serviços de transporte, como táxis ou carros de aplicativo, observe se o motorista está em condições adequadas para dirigir. Recuse-se a embarcar se perceber sinais de cansaço ou uso de substâncias que possam comprometer a habilidade de condução.
Manutenção Preventiva
A manutenção regular não é apenas uma questão de responsabilidade, mas também uma medida econômica. Para veículos motorizados, recomenda-se uma revisão a cada 10.000 quilômetros ou pelo menos uma vez por ano, conforme as instruções do manual do proprietário. Bicicletas e outros veículos não motorizados também necessitam de verificações periódicas para assegurar o funcionamento adequado de todas as partes.
Adotar essas práticas de direção preventiva não apenas melhora a segurança nas estradas, mas também pode resultar em economia significativa em manutenções futuras. Sua vida e a dos outros são preciosas; não as coloque em risco por falta de precaução.
Quer mais dicas sobre como manter seu veículo em condição ótima e promover uma direção segura?Então, continue seguindo nossos guias para se tornar um motorista mais consciente e preparado.
6. Como Economizar com Manutenção e Condução do Seu Veículo
Manter um veículo pode ser caro, mas com as estratégias corretas, você pode reduzir significativamente os custos. Desde a manutenção preventiva até técnicas de direção econômica, exploraremos várias dicas que não só economizam dinheiro, mas também aumentam a segurança no trânsito.
6.1. Manutenção Preventiva
Fluidos do Carro: Verifique regularmente o nível dos fluidos conforme o manual do veículo para evitar danos e vazamentos.
Iluminação: Assegure-se de que todos os faróis e luzes internas e externas estão funcionando. A boa iluminação é crucial para a segurança, especialmente à noite.
Freios: Fique atento a ruídos ao usar os freios e verifique o nível do fluido. Freios desgastados são perigosos e aumentam a distância de parada.
Suspensão: Certifique-se de que a suspensão e amortecedores estão em boas condições para evitar perda de controle, especialmente em curvas.
Sistema de Direção e Pneus: Verifique o alinhamento e balanceamento. Mantenha os pneus calibrados e em bom estado para evitar acidentes e economizar combustível.
6.2. Dicas para Economizar
Velocidade Econômica: Dirija mantendo o conta-giros na faixa verde e os pneus calibrados para melhor eficiência de combustível.
Desligue o Motor: Ao estacionar por períodos prolongados, desligue o motor para economizar combustível.
Planejamento de Rotas: Evite congestionamentos planejando sua rota com antecedência. O tráfego parado aumenta o consumo de combustível.
Uso do Freio Motor: Utilize o freio motor ao invés de andar em ponto morto; isso ajuda a economizar freio e manter o controle do veículo.
Carga Equilibrada: Distribua a carga de forma uniforme para evitar sobrecarga em qualquer parte do veículo, o que também ajuda a economizar combustível.
Adotar essas práticas não apenas ajuda a economizar dinheiro com custos operacionais e de manutenção, mas também contribui para uma condução mais segura e responsável.
Interessado em aprender mais sobre manutenção preventiva e técnicas de economia de combustível? Nesse caso, explore nosso curso detalhado para otimizar a utilização do veículo: Curso Direção Defensiva.
7. Pontos Cegos: Evite Acidentes com Direção Defensiva
Dirigir com segurança envolve mais do que apenas seguir as regras de trânsito; é essencial entender como maximizar a visibilidade e manter distâncias seguras. Nesta seção, vamos explorar técnicas para lidar com pontos cegos, trocar de faixa corretamente e manter uma distância segura de outros veículos.
7.1. Pontos Cegos
Ajuste de Retrovisores
Retrovisores Laterais: Ajuste-os de forma que, sentado na posição de direção, você consiga ver o limite traseiro do seu veículo. Isso ajuda a minimizar os pontos cegos, aumentando sua visão do que acontece ao seu redor.
Movimentação Corporal: Sempre mova a cabeça e o corpo para conferir os ângulos cegos antes de qualquer manobra, como a mudança de faixa. Isso é crucial para a direção preventiva e direção defensiva.
Assista ao nosso vídeo sobre pontos cegos para entender melhor a dinâmica e aprender como ajustar seus retrovisores adequadamente.der melhor a dinâmica e aprender como ajustar seus retrovisores adequadamente.
7.2. Troca de Faixa
Procedimento Correto
Verificação: Verifique todos os retrovisores e escolha o momento adequado para a mudança.
Sinalização: Sinalize com antecedência usando a seta para informar outros motoristas de sua intenção.
Observação das Marcas Viárias: Observe as marcações na pista; mude de faixa somente onde as linhas são pontilhadas.
Adaptação de Velocidade: Adapte sua velocidade à da nova faixa para garantir uma transição segura.
7.3. Mantendo Distância Segura
Regra dos 3 Segundos
Para calcular a distância segura, utilize a regra dos 3 segundos:
Como Funciona: Selecione um ponto fixo na via, como uma placa ou árvore. Quando o veículo à frente passar por esse ponto, comece a contar. Se você passar pelo mesmo ponto antes de completar três segundos, está muito perto e deve aumentar a distância.
Adotar essas práticas não apenas aumenta sua segurança no trânsito, mas também protege outros motoristas e pedestres.A direção consciente começa com a percepção de seu ambiente e a manutenção de distâncias seguras.
8. Como Evitar Freadas Bruscas e Suas Consequências
Freadas bruscas não só colocam em risco a segurança no trânsito como também podem causar danos físicos aos passageiros e desgaste prematuro do veículo. Aprender a evitar essas situações abruptas é essencial para uma condução segura.
Dicas para Evitar Freadas Bruscas
Antecipação e Atenção: Manter a atenção constante ao ambiente ao redor é crucial. Assim, você pode antecipar as ações dos outros motoristas e possíveis obstáculos na estrada, reduzindo a necessidade de frenagens repentinas.
Mantenha Distância Segura: Manter uma distância segura de acordo com a velocidade do seu veículo permite mais tempo para reagir calmamente a mudanças no trânsito, diminuindo a necessidade de frenagens bruscas.
Uso Progressivo dos Freios: Ao perceber a necessidade de reduzir a velocidade ou parar, comece a pressionar o pedal do freio suavemente e aumente a pressão gradualmente. Isso ajuda a evitar que os pneus derrapem e permite maior controle do veículo.
Esteja Preparado para Emergências: Mesmo tomando todas as precauções, emergências podem ocorrer. Portanto, pratique técnicas de frenagem de emergência em um ambiente seguro, como cursos de direção defensiva, para estar preparado se uma situação real acontecer.
Evitar freadas bruscas não só protege você e seus passageiros como também contribui para um trânsito mais seguro para todos.A prática de técnicas de direção consciente e preventiva é a chave para evitar situações de risco.
9. A Importância da Gentileza no Trânsito para Prevenir Acidentes
Gentileza no trânsito é mais do que uma boa prática social; é uma medida eficaz para prevenir acidentes e promover um ambiente de condução mais seguro para todos. Respeitar as regras e os outros usuários da via pode reduzir situações de risco e tensão.
Práticas de Gentileza no Trânsito
Não Obstrua Passagens: Evite parar em locais proibidos, especialmente em frente a garagens, e respeite sempre as sinalizações de trânsito. Isso mantém o fluxo de veículos e pedestres sem interrupções desnecessárias.
Respeito às Vagas Preferenciais: Utilize as vagas reservadas para deficientes físicos e idosos apenas se for elegível. Essas vagas são projetadas para facilitar o acesso de pessoas com mobilidade reduzida; respeitá-las é um ato de empatia e consideração.
Comunicação Clara: Utilize a seta para indicar mudanças de faixa ou conversões. Uma comunicação eficaz através dos sinais do veículo pode prevenir muitos acidentes.
Minimize o Uso da Buzina: Evite buzinar desnecessariamente, especialmente em áreas residenciais e hospitalares. Use a buzina somente para alertar outros usuários da via sobre perigos iminentes.
Planeje com Antecedência: Saia com tempo suficiente para seus compromissos para evitar a pressa, que é frequentemente a causa de comportamentos imprudentes no trânsito.
Mantenha a Faixa da Esquerda Livre: Se preferir dirigir mais devagar, não ocupe a faixa da esquerda em vias de múltiplas faixas, que é destinada a veículos mais rápidos.
Uso Correto do Acostamento: O acostamento deve ser usado apenas em emergências. Manter esse espaço livre é vital para a segurança de todos os usuários da estrada.
Não Dirija Sob o Efeito de Álcool: Evitar dirigir após consumir bebidas alcoólicas não só é uma questão de gentileza, mas uma obrigação legal e um pilar fundamental para a segurança no trânsito.
Praticar a gentileza no trânsito vai além de seguir leis; é sobre cultivar um respeito mútuo e garantir a segurança de todos.Pequenos gestos de consideração podem ter um impacto significativo na redução de acidentes.
Incentive a gentileza ao volante compartilhando estas dicas com amigos e familiares.Juntos, podemos tornar nossas estradas mais seguras para todos.
10. Impacto do Sono e Condições Psicológicas na Direção Defensiva
A capacidade de dirigir de forma segura é significativamente influenciada por nossas condições físicas e psicológicas. Fatores como sono inadequado e transtornos psicológicos podem não apenas reduzir nossa atenção e reflexos, mas também aumentar o risco de acidentes. Vamos explorar como esses aspectos impactam a direção e oferecer dicas para gerenciá-los efetivamente.
Importância do Descanso Adequado
Riscos do Sono Inadequado: A falta de sono deteriora os reflexos e a capacidade de tomar decisões rápidas. Dirigir sem ter descansado o suficiente é comparável a dirigir sob o efeito de álcool. É crucial estar bem descansado, especialmente se você dirigir à noite.
Saúde Psicológica e Direção
Transtornos Psicológicos: Condições como ansiedade, depressão e estresse excessivo podem prejudicar severamente sua capacidade de foco ao dirigir. Estar mentalmente saudável é tão importante quanto estar fisicamente apto para conduzir um veículo.
Medicamentos e Condução: Muitos medicamentos, incluindo alguns antidepressivos e antialérgicos, têm efeitos colaterais que podem afetar negativamente a direção. Sempre consulte um médico sobre a segurança de dirigir ao usar novos medicamentos.
Precauções e Preparativos
Checagem de Medicamentos: Antes de dirigir, verifique se algum medicamento que você está tomando pode interferir com sua capacidade de dirigir de forma segura.
Verificação das Condições Climáticas: Consultar a previsão do tempo pode ajudá-lo a se preparar melhor para condições adversas, como chuva ou neblina, que exigem atenção redobrada na estrada.
Manter uma boa higiene do sono e cuidar da sua saúde mental são aspectos fundamentais para garantir a segurança no trânsito.Reconhecer e ajustar sua condição antes de pegar a estrada pode salvar vidas.
Se você frequentemente se sente cansado ou estressado, considere nossas dicas e procure orientação médica se necessário.Lembre-se, dirigir seguro é responsabilidade de todos.
11. Planejamento de Rota: Direção Defensiva Mais Segura e Eficiente
Um planejamento cuidadoso da rota é essencial, especialmente para viagens longas, pois ajuda a evitar o cansaço e minimiza as surpresas no caminho. Vamos explorar como um bom planejamento pode melhorar sua experiência de direção e garantir sua segurança.
Planejamento de Paradas e Trocas de Motoristas
Paradas Estratégicas: Para viagens longas, é vital planejar paradas regulares — idealmente a cada duas horas. Isso não só reduz o cansaço do motorista como também é uma oportunidade para esticar as pernas e se reidratar.
Trocas de Motoristas: Se possível, organize a troca de motoristas para dividir a responsabilidade de condução. Dessa forma, todos os motoristas permanecem descansados e alertas, aumentando significativamente a segurança na estrada.
Uso de Tecnologia para Navegação
Configuração do GPS: Ao usar GPS ou mapas virtuais, certifique-se de que o dispositivo esteja fixado de maneira segura e em uma posição que não obstrua sua visão. Ajuste o dispositivo antes de iniciar a jornada para evitar distrações enquanto dirige.
Familiarização com o Trajeto: Estude o trajeto com antecedência, especialmente se você estiver passando por áreas desconhecidas. Conhecer os pontos críticos, como áreas de alto tráfego e zonas de construção, pode ajudá-lo a evitar atrasos e situações potencialmente perigosas.
Segurança e Conforto durante a Viagem
Locais de Parada: Identifique com antecedência locais seguros e convenientes para refeições ou descanso. Preferencialmente, escolha locais que ofereçam serviços básicos como banheiros, alimentos e segurança.
Planejar sua rota não é apenas uma questão de conveniência, mas uma necessidade crucial para manter a segurança e eficiência em suas viagens.
Antes de sua próxima viagem, reserve um tempo para planejar cuidadosamente cada detalhe. A preparação adequada é a chave para uma direção segura e tranquila.
12. Direção Defensiva sob Condições Climáticas Adversas
Dirigir sob condições climáticas adversas exige preparação e técnicas específicas para garantir a segurança. Seja enfrentando a chuva intensa que pode causar aquaplanagem ou a neblina densa que reduz a visibilidade, entender como agir nessas situações é crucial para todos os motoristas. Vamos detalhar estratégias eficazes para enfrentar esses desafios e manter o controle do veículo.
12.1. Prevenção e Ação Durante a Aquaplanagem
Prevenção
Manutenção dos Pneus: Mantenha seus pneus bem calibrados e com bom sulco para facilitar a dispersão de água.
Reduza a Velocidade: Em pistas molhadas, reduza a velocidade e evite poças d’água sempre que possível.
Ação Durante a Aquaplanagem
Retire o Pé do Acelerador: Se sentir que o carro começou a aquaplanar, retire o pé do acelerador suavemente.
Mantenha o Volante Firme: Não faça movimentos bruscos com o volante.
Evite Frear Abruptamente: Se o veículo tiver freios ABS, aplique uma leve pressão; caso contrário, aguarde até sentir os pneus recuperando contato com a estrada.
Ajustes Suaves: Faça ajustes suaves no volante para estabilizar o veículo assim que o controle for recuperado.
12.2. Direção Defensiva em Neblina
Estratégias para Maximizar a Visibilidade e Segurança
Iluminação Apropriada: Utilize faróis de neblina se disponíveis, ou mantenha os faróis baixos, pois faróis altos podem piorar a visibilidade ao refletir na neblina.
Navegação Segura: Reduza a velocidade e use as marcações da via e placas de sinalização para orientação. Mantenha distância segura dos veículos à frente para reagir adequadamente a qualquer obstáculo.
Preparar-se para condições climáticas adversas é parte integral da direção defensiva.Conhecer e aplicar essas técnicas pode fazer toda a diferença em sua segurança e na dos outros.
13. Técnicas de Direção Defensiva em Curvas
Dirigir em curvas exige compreensão das forças físicas em jogo e a aplicação de técnicas apropriadas de direção defensiva. A força centrífuga, por exemplo, pode dificultar o controle do veículo se não forem tomadas as devidas precauções. Vamos explorar como você pode manter o controle e a segurança ao dirigir em curvas, especialmente em condições adversas.
Preparação Antes da Curva
Redução de Velocidade: Antes de entrar em uma curva, especialmente em estradas onde as velocidades são mais altas, é crucial reduzir a velocidade. Utilize o freio-motor para desacelerar de forma suave e controlada, o que ajuda a manter a tração e o controle do veículo.
Execução Durante a Curva
Manobra Suave: Ao fazer a curva, mantenha movimentos suaves no volante e acelere gradualmente à medida que passa pelo ponto central da curva. Isso ajuda a manter a estabilidade do veículo e evita derrapagens.
Cuidados Adicionais
Não Desligue o Motor ou Use o Ponto Morto: Evite desligar o motor ou colocar o veículo em ponto morto durante a curva. Essas ações podem levar a uma perda de controle devido à falta de resposta do motor e dos sistemas de segurança do veículo.
Dirigir em curvas com segurança requer prática e atenção.Adotando estas técnicas, você pode melhorar significativamente sua segurança e a de seus passageiros.
14. Postura Corporal Correta na Direção Defensiva
Uma postura correta ao dirigir não só aumenta o conforto, mas também é essencial para a segurança. Vamos ver como ajustar o assento, posicionar as mãos e os pés para garantir uma condução segura e confortável.
Ajuste do Assento – Direção Defensiva
Posição das Costas: Mantenha as costas totalmente apoiadas no encosto da poltrona, posicionando o ângulo entre o assento e o encosto em aproximadamente 90 graus. Isso ajuda a manter a coluna alinhada e reduz a fadiga durante viagens longas.
Distância do Assento: Ajuste o assento de forma que seus braços e pernas fiquem ligeiramente dobrados. Os braços não devem estar totalmente esticados; você deve ser capaz de dobrar os cotovelos levemente ao segurar o volante, o que permite uma resposta mais rápida e menos tensão nos ombros e braços.
Posicionamento das Mãos e Pés – Direção Defensiva
Segurar o Volante: Posicione suas mãos no volante na posição de ‘nove e três’ horas. Esta posição é recomendada para maximizar o controle sobre o veículo e facilitar a manobra em situações de emergência.
Acesso aos Pedais: Certifique-se de que pode pressionar completamente os pedais sem ter que esticar completamente as pernas. Seus joelhos devem permanecer levemente dobrados mesmo quando os pedais estão totalmente acionados, o que facilita a manobra rápida e segura dos pedais.
Benefícios de uma Boa Postura – Direção Defensiva
Prevenção de Lesões: Uma postura correta não apenas aumenta o conforto, mas também reduz significativamente o risco de lesões graves em caso de colisões. Manter uma distância adequada do volante/airbag é crucial para evitar impactos diretos em alta velocidade.
Visibilidade e Controle: Ajustar o assento para uma posição adequada também melhora a visão periférica e a capacidade de observar todos os ângulos ao redor do veículo, contribuindo para uma condução mais segura.
Adotar uma postura correta ao dirigir é uma parte fundamental da direção defensiva. Não apenas aumenta sua segurança e conforto, mas também assegura que você esteja preparado para reagir prontamente em qualquer situação. Revise sua postura ao volante regularmente e faça ajustes conforme necessário para garantir que está dirigindo da maneira mais segura possível.
15. Direção Defensiva em Engarrafamentos
Engarrafamentos podem ser desafiadores e perigosos, especialmente quando se está próximo a veículos de grande porte, como caminhões. Implementar técnicas de direção defensiva é crucial para garantir sua segurança e a de outros motoristas em situações de tráfego intenso.
Estratégias para Direção Segura em Engarrafamentos
Mantenha Distância Segura: Sempre deixe um espaço adequado entre seu carro e o veículo à frente, especialmente se for um caminhão ou outro veículo grande. Isso fornece tempo e espaço suficientes para reagir em caso de frenagem brusca.
Posicionamento das Rodas: Ao parar atrás de um caminhão em um engarrafamento, posicione suas rodas levemente voltadas para a lateral da estrada. Essa prática pode ajudar a evitar que seu veículo seja empurrado para debaixo do caminhão em uma colisão traseira.
Atenção e Paciência: Engarrafamentos exigem paciência e atenção constante. Monitorar os arredores, não apenas o veículo diretamente à frente, pode ajudá-lo a antecipar problemas e reagir de forma adequada.
Uso Cauteloso do Freio: Evite frenagens bruscas e desnecessárias, que podem causar colisões em cadeia. Use o freio suavemente e mantenha a calma, mesmo em tráfego lento e parado.
Aplicar essas técnicas de direção defensiva em engarrafamentos não só protege você, mas também contribui para um fluxo de tráfego mais seguro e eficiente.
16. Considerações Finais Direção Defensiva
Ao longo deste artigo, exploramos diversas técnicas de direção defensiva que são essenciais para garantir sua segurança e a dos demais usuários da via. Desde manter uma postura corporal adequada até estratégias específicas para lidar com condições climáticas adversas e engarrafamentos, a direção defensiva envolve conhecimento, atenção e prática contínua.
Encorajamos você a continuar praticando e aprofundando seus conhecimentos em direção defensiva. Considerar cursos especializados pode ser uma excelente maneira de atualizar suas habilidades e garantir que você esteja preparado para enfrentar as estradas com confiança e segurança.
Dirigir de forma defensiva não é apenas uma técnica, mas um compromisso com a segurança pessoal e coletiva.Lembre-se, ser um bom motorista significa estar sempre alerta, preparado e respeitoso nas estradas. Dirija com cuidado e seja um exemplo de conduta no trânsito.
Curso Direção Defensiva
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Perfurocortante: Materiais utilizados na assistência à saúde que tem ponta ou gume, ou que possam perfurar ou cortar.
A importância deste tema está explicitada no anexo 3 da norma regulamentadora 32, com título “Plano de prevenção de riscos de acidentes com materiais perfurocortantes.”
O objetivo deste plano é estabelecer diretrizes para a elaboração e implementação de um plano de prevenção de riscos de acidentes com materiais perfurocortantes com probabilidade de exposição a agentes biológicos, visando a proteção, segurança e saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.
Entende-se por serviço de saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.
E se você está lendo este artigo é provável que você faça parte do ecossistema de serviço de saúde!
Para o desenvolvimento e acompanhamento do plano o empregador deve constituir uma comissão gestora multidisciplinar, que tem como objetivo reduzir os riscos de acidentes com materiais perfurocortantes, com probabilidade de exposição a agentes biológicos, por meio da elaboração, implementação e atualização de plano de prevenção de riscos de acidentes com materiais perfurocortantes. Entre as funções da comissão está fornecer esta capacitação aos colaboradores quanto os riscos dos perfurocortantres.
Mas por que de tanta atenção para os perfurocortantes?
Os profissionais de saúde estão entre os mais expostos a acidentes e doenças ocupacionais, assim temos uma norma específica para o setor a NR 32. E um dos motivos é a alta incidência de acidentes com perfurocortante, com potencial contaminação biológica, por isso da existência do plano e da comissão de prevenção de riscos de acidentes com materiais perfurocortantes.
A grande preocupação com os perfurocortantes é que pequenos acidentes podem ter grandes consequências quando o corte ou perfuração é acompanhado de uma possível contaminação. Esta preocupação está relacionada ao serviço de saúde, pois os riscos biológicos são mais presentes, potencializando os possíveis danos em relação a outras situações que possam ocasionar cortes e sangramentos.
Então, agora que você já conhece os riscos dos perfurocortantes e o porquê este tema é tão importante, vamos aprender como reduzir os riscos de acidente com perfurocortantes e ou reduzir seus possíveis danos.
Os cuidados se iniciam antes de utilizar os perfurocortantes, e continuam depois de sua utilização.
Assim como com os EPIs ou qualquer equipamento de uso manual, deve-se observar a integridade do equipamento, se o equipamento apresentar rachaduras, ferrugem ou qualquer defeito visível, antes de utiliza-lo.
Segundo o item 32.2.4.14 da NR 32, os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser responsáveis pelo seu descarte, após a utilização. Este descarte deve ser realizado imediatamente após o uso. Para isso, é importante que seja disponibilizado um coletor de perfurocortantes próximo, visível e acessível. E sempre respeite o limite, normalmente representado por uma linha pontilhada.
No item seguinte da norma 32 ela afirma que são vedados o reencape e a desconexão manual da agulha.
Estas recomendações não são nenhuma novidade, esta conduta é conhecida como uma das precauções-padrão. Deve ser implementada em qualquer situação. Reencapar agulhas após o uso é muito arriscado! A mão que segura o protetor fica exposta e acaba se ferindo.
Ao utilizar equipamentos reaproveitáveis, certifique-se sempre se eles foram devidamente esterilizados antes do uso. Nunca desconectar agulhas após o uso, agulhas usadas oferecem riscos potenciais de transmissão de infecções. Então, evite o contato com esse material.
No caso de descartáveis eles devem estar devidamente embalados.
Dispositivos de Segurança
A norma defini, em seu anexo três, que deve-se adotar o uso de material perfurocortante com dispositivo de segurança, quando existente, disponível e tecnicamente possível.
O dispositivo de segurança é um item integrado a um conjunto do qual faça parte o elemento perfurocortante ou uma tecnologia capaz de reduzir o risco de acidente, seja qual for o mecanismo de ativação do dispositivo de segurança.
Deve-se ativar o dispositivo de segurança assim que o procedimento estiver concluído e se atentar para sinais auditivos (como cliques) ou visuais para comprovar que o dispositivo foi ativado e está travado.
Se você tiver em dúvidas de como retirar o dispositivo de segurança ou como colocá-lo novamente e ativá-lo, leia o manual do equipamento ou pergunte para o responsável pela área.
Cuidados com Perfurocortantes
Antes de iniciar qualquer procedimento com perfurocortantes observe a sua volta, pessoas não autorizadas no recinto podem desencadear um acidente. Em laboratórios, sempre oriente seu paciente para se manter quieto durante a injeção ou coleta de sangue, movimentos bruscos durante procedimentos com perfurocortantes podem causar acidentes. Portanto, muita atenção!
Para manutenção em equipamentos com perfurocortantes, certifique-se que todos os procedimentos de segurança foram seguidos antes de iniciar os procedimentos de manutenção.
Ferramentas Manuais – Risco Biológico
Os perfurocortantes são materiais utilizados na assistência à saúde que tem ponta ou gume, ou que possam perfurar ou cortar. A preocupação com estes materiais é a possibilidade de infecção. O mesmo ocorre ao utilizar materiais que não são utilizados na assistência à saúde, mas que tem ponta ou gume próximo a material biológicos, como tesouras e estiletes.
Vamos a algumas dicas sobre o uso destes equipamentos manuais?
Verifique o equipamento Antes de iniciar seu trabalho verifique o estado do equipamento. Principalmente a qualidade e conservação da lâmina, da trava de segurança e se a pegada do equipamento está firme. Substitua o equipamento caso identifique uma não conformidade.
Organize seu ambiente de trabalho jamais deixe sobre a bancada de trabalho ou pelo ambiente sobras de materiais, ferramentas que não esteja utilizando, objetos aleatórios, lâminas e outras ferramentas cortantes.
Utilize uma base de corte. Na hora de cortar, utilize uma superfície sólida e plana para amparar o material a ser cortado. Jamais utilize a mão como apoio.
Nunca corte no improviso Planeje o corte antes de executá-lo, entendendo como se deve empunhar o estilete, como funciona a sua lâmina, como apoiar o material, etc.
Utilize os EPI’s indicados para a sua atividade Muitas vezes a luva inadequada ou a falta de um óculos de segurança pode levar um simples descuido, a um acidente com consequências graves.
Manuseie o equipamento da forma correta Faça todo o procedimento com cuidado até o momento de guardar o equipamento, recolhendo a lâmina quando possível e ative o sistema de segurança, quando disponível.
Quem trabalha em cozinhas industriais, restaurantes e outros locais de preparo de alimentos ou até mesmo na cozinha da sua casa, sabe que os riscos são vários.
Por isso, a Valor Crucial Treinamentos preparou este artigo e criou um curso específico sobre o tema para te preparar para os desafios em manter a segurança na cozinha.
Se você está interessado nesse assunto, não deixe de se inscrever no canal da Valor Crucial no YouTube. Nós sempre inserimos vídeos muito úteis para a sua segurança e da sua equipe, com uma linguagem simples, que é para descomplicar as normas para você.
A primeira coisa que eu vou dizer é que para prevenir acidentes, todo mundo tem que estar bem treinado e atento. Então, presta muita atenção nesta aula, afinal, é a sua segurança e de quem trabalha com você que está em jogo.
Se você é chef de cozinha, cozinheiro, faxineiro, auxiliar, confeiteiro, padeiro… vem com a gente!
EPI – Cozinha Industrial
Começando do final, o primeiro assunto que vamos abordar para prevenir acidentes na cozinha é o uso dos EPIs, ou seja, os Equipamentos de Proteção Individual.
Mas por que estamos começando do final ao falar dos EPIs? Pois os EPIs são uma das últimas medidas a serem adotadas na prevenção de Acidentes. Melhorias estruturais, de processo e equipamentos de proteção coletiva são medidas mais efetivas e não depende do uso e conservação corretos por cada colaborador.
Exemplo de Escala de Prioridades:
Controle de Engenharia
Sistemas de Duplo Comando
Equipamento de Proteção Coletiva
Sistemas de sinalização sonoro, luminoso ou barreira física
Controles e sistemas administrativos
EPI
Vamos conhecer alguns exemplos de EPIs utilizados em cozinhas industriais.
AVENTAL COM PROTEÇÃO TÉRMICA, que vai resistir a altas temperaturas
Caso o avental não cubra os braços, deve-se usar
MANGOTE para proteção dos braços e antebraços principalmente no uso de fritadeiras
ÓCULOS DE PROTEÇÃO, que impedem os respingos que podem cair nos olhos, causando queimaduras graves
LUVAS TÉRMICAS para segurar e movimentar panelas e utensílios quentes – seja panelas no fogão ou assadeiras do forno. Nunca segure com panos ou papéis.
LUVAS DE BORRACHA para manuseio de produtos químicos
LUVAS DE MALHA DE AÇO, que são indicadas para o manuseio de objetos cortantes, como facas e fatiadores.
BOTAS OU CALÇADO EMBORRACHADOS para prevenir quedas.
Recomenda-se a utilização de touca ou chapéu que cubra o cabelo com o objetivo de garantir a higiene no preparo dos alimentos.
Com o mesmo objetivo de evitar que o trabalhador contamine os alimentos com gotículas de saliva ou devido ao uso de barba e bigode é recomendado o uso de mascaras. Que podem ou não ser EPIs.
A equipe de saúde e segurança do trabalho é a responsável por definir os EPIs que serão utilizados no estabelecimento.
O curso online de EPI orienta de forma mais aprofundada sobre os equipamentos de proteção individual, sua legislação e utilizações.
Agora que você está paramentado, eu vou te falar quais são os
Riscos Presentes na Cozinha Industrial
CALOR
Por causa dos equipamentos utilizados para fazer as refeições, a cozinha é um lugar quente (muito quente, você sabe bem). Fogão, fornos, fritadeiras, caldeirões… Tudo isso faz comida boa, mas também gera diversos riscos à segurança de quem trabalha no local.
Para ajudar a amenizar o clima do ambiente, as cozinhas devem ter COIFAS. Elas ajudam a:
VENTILAR O ESPAÇO
MANTER A TEMPERATURA ADEQUADA
RETIRAR A FUMAÇA E O VAPOR DE GORDURA
As coifas devem ficar em cima dos fogões, fritadeiras, chapas e etcs. Sempre que esses equipamentos de cocção estiverem em uso, as coifas precisam estar ligadas.
Também é muito importante FAZER A LIMPEZA DAS COIFAS TODOS OS DIAS e, pelo menos a cada 6 meses, é preciso fazer uma manutenção geral, com limpeza interna de toda a tubulação e verificação do motor e do circuito elétrico.
A exposição ao agente físico calor pode gerar adicional de insalubridade e ser um indutor a doenças ocupacionais. Uma das formas de amenizar os efeitos do calor é adotar períodos de descanso, distante das fontes de calor, intercalados com períodos de trabalho próximo a estas fontes de calor.
Dando seguimento a nossa aula vamos falar sobre um tema relacionado ao calor as queimaduras
QUEIMADURA
O contato com óleo quente, panelas e vasilhames pode provocar queimaduras graves, por isso veja como evitar.
Ao usar FRITADEIRAS
Coloque o óleo somente até o nível recomendado no equipamento
Utilize apenas os cestos de fritura próprios para o equipamento
Faça a limpeza do piso próximo a fritadeira sempre que ela é utilizada. Afinal, óleo escorrega, o que pode causar outros acidentes não apenas queimaduras.
Observe este vídeo com um acidente com óleo e o piso escorregadio, produzido pelo HSE – Heath and Safety Executive, vinculado ao governo do Reino Unido:
Nunca use palitos de fósforo curtos, isqueiros, papel embebido no álcool e outras ferramentas inapropriadas para acender a chama do fogão. Elas podem causar explosões e queimaduras. O ideal é sempre utilizar acendedores automáticos e, caso não houver, palitos de fósforo compridos.
Posicione os cabos de panelas e frigideiras sempre na diagonal em relação à trempe, de uma forma que evite que o cabo esquente. Se ele fica para a parte central do fogão, próximo às demais trempes, você pode se queimar ao pegar a panela. Evite também de colocar o cabo das panelas de forma que quem passa próximo do fogão possa esbarrar.
Frequentemente, é preciso limpar e secar a área em volta do fogão. Você já aprendeu por aqui que a mistura entre água e óleo cria um verdadeiro escorregador no piso.
Em relação ao FORNO, evite a circulação de pessoas próximo ao forno ligado e cuidado ao retirar os vasilhames quentes, muito cuidado.
E lembre-se, sempre verifique o percurso antes de iniciar o trajeto, objetos ou piso molhado são um perigo!
CALDEIRÕES E PANELAS DE PRESSÃO – RISCOS
Estes utensílios, se usados de forma correta, são muito úteis no dia a dia da cozinha, já que aceleram a cocção. Porém, se manuseados inadequadamente, podem ser muito perigosos.
Para operar caldeirões industriais, é necessário treinamento específico. Vamos ver algumas questões, que também servem para operações com panelas de pressão.
Ao notar qualquer alteração no funcionamento, DESLIGUE IMEDIATAMENTE o sistema de aquecimento. Ao sinal de qualquer deformação, estufamento ou vazamento no equipamento, ele deve ser desligado, interditado e substituído.
Também é importante sempre manter uma DISTÂNCIA ADEQUADA DO EQUIPAMENTO, principalmente na abertura da tampa para evitar queimaduras. Antes de destampar, é preciso que o resfriamento seja totalmente feito. Libere a pressão interna e só depois abra a tampa.
Quando a água estiver aquecida, os alimentos devem ser colocados lentamente e com cuidado, para evitar respingos e queimaduras.
A VÁLVULA DE SEGURANÇA desses objetos deve estar sempre limpa e nada deve ser colocado sobre a tampa.
A água quente deve ser despejada diretamente no ralo, usando sempre uma tubulação apropriada para condução do líquido.
Caso o manômetro não esteja funcionando ou se o ponteiro atingir a faixa vermelha, não opere o caldeirão e deligue a fonte de calor.
O equipamento deve ser interditado e o responsável pelo mesmo informado para possíveis providencias.
O trabalho com instalações e equipamentos elétricos expõe o trabalhador aos riscos de queimaduras, paralisia muscular ou até mesmo a morte em acidentes nos quais a corrente elétrica passa através do corpo.
A corrente elétrica somente pode se deslocar quando existe um circuito completo. O choque elétrico ocorre quando o corpo da pessoa toca:
Ambos os fios de um circuito (o positivo e o neutro);
Um fio de um circuito energizado e o fio terra;
Alguma parte metálica de um mecanismo elétrica que possa ter sido energizada.
A natureza da corrente elétrica é diversa e por isso também os efeitos da corrente elétrica no organismo podem ser vários, a depender de:
A taxa do fluxo através do corpo;
O percurso da corrente elétrica através do corpo;
Tempo de duração ( o tempo que o corpo foi parte do circuito);
Área de contado;
Frequência da corrente elétrica;
Tensão elétrica;
Condições da pele, condições físicas e condições de saúde de quem sofre o choque elétrico.
O corpo humano não possui nenhum sistema interno de proteção contra o fluxo de corrente elétrica. Por isso uma descarga elétrica pode levar facilmente uma pessoa a óbito. O choque elétrico pode resultar em morte por:
Contração dos músculos peitorais, impedindo a respiração da vítima;
Parada respiratória em decorrência da paralisia temporária do sistema nervoso central;
Parada cardíaca por contrações rápidas e irregulares do coração (fibrilação cardíaca);
Destruição dos tecidos, nervos e músculos do coração, devido o alto calor provocado pela corrente elétrica;
Além disso, mesmo que a pessoa não morra em decorrência do choque, as correntes elétricas superiores a 200 mA causam graves queimaduras no corpo do indivíduo.
Dessa maneira, o trabalho com eletricidade exige procedimentos padronizados e treinamento específico para que se evite a ocorrências de acidentes.
Neste texto trabalharemos as algumas questões envolvendo o risco do choque elétrico na atividade laboral. Para tanto, dividiremos o texto em quatro partes principais:
Risco de Incêndio por curto-circuito.
Primeiros Socorros Choque Elétrico
Adicional de Periculosidade para Eletricistas;
Sistema Elétrico de Potência (SEP);
Capacitação de profissionais em SEP
Risco elétrico: incêndio por curto-circuito
Grosso modo, o curto-circuito pode provocar incêndios pelo superaquecimentos dos condutores de energia elétrica, fazendo com que o revestimento plástico dos fios pegue fogo.
Isto acontece quando acontece aumento repentino da tensão no circuito elétrico em condutores que não aguentam a carga ou quando fios descascados encostam um no outro, gerando faísca, centelha e fogo.
Sendo assim, a melhor maneira de prevenir incêndios de origem elétrica é seguir algumas medidas essenciais:
Relatar a constante abertura de disjuntores assim como queima frequente de fusíveis. Eles são mecanismos de proteção e podem evidenciar sobrecarga na instalação;
Manter a fiação sempre embutidas em eletrodutos;
Realizar o aterramento correto de instalações e equipamentos elétricos;
Evitar o aterramento em canos de água;
Ao instalar um novo equipamento, verificar se ele não vai sobrecarregar o circuito. Dessa forma, é importante utilizar equipamentos elétricos seguindo as especificações do fabricante.
Os primeiros socorros para vítimas de choque elétrico são essenciais para que os danos à saúde e até mesmo a morte dessa pessoa seja evitada.
Dentre os primeiros socorros relacionados ao choque elétrico, os principais são:
Corte ou desligue a fonte de energia, mas não toque na vítima;
Afaste a pessoa da fonte elétrica que estava provocando o choque, usando materiais não condutores e secos como a madeira, o plástico, panos grossos ou borracha;
Chame uma ambulância, ligando para o SAMU – 192;
Se a vítima estiver inconsciente, siga os procedimentos de primeiros socorros de Suporte Básico de Vida.
A lei 12.740/2012, revogou a lei 7.396/85 . Desta forma, os novos critérios que estabelecem quais os trabalhadores têm direito ao Adicional de Periculosidade por Energia foram estabelecidos pela Portaria 1.078 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de 17 de julho de 2014 que aprova o Anexo 4 da Norma Regulamentadora 16 (NR 16) “Atividades e operações perigosas”.
Segundo a NR 16, algumas atividades envolvendo eletricidade têm direito ao Adicional de periculosidade enquanto outras não. Para facilitar o entendimento sobre os critérios para concessão do adicional, elaboramos uma tabela que apresenta as distinções da NR 16 sobre as atividades que ensejam o Adicional de Periculosidade ou não.
Tem direito ao Adicional de Periculosidade
Trabalhadores que executam atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos energizados em alta tensão;
Trabalhadores que realizam atividades ou operações com trabalho em proximidade.
Trabalhadores que realizam atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos energizados em baixa tensão no sistema elétrico de consumo – SEC, no caso de descumprimento do item 10.2.8 e seus subitens da NR10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
Trabalhadores das empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência – SEP, bem como suas contratadas, em conformidade com as atividades e respectivas áreas de risco.
Não tem direito ao Adicional de Periculosidade
Nas atividades ou operações no sistema elétrico de consumo em instalações ou equipamentos elétricos desenergizados e liberados para o trabalho, sem possibilidade de energização acidental, conforme estabelece a NR-10;
Nas atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos alimentados por extra-baixa tensão
Nas atividades ou operações elementares realizadas em baixa tensão, tais como o uso de equipamentos elétricos energizados e os procedimentos de ligar e desligar circuitos elétricos, desde que os materiais e equipamentos elétricos estejam em conformidade com as normas técnicas oficiais.
Vale ressaltar que, segundo a NR 16, o trabalho intermitente com eletricidade é equiparado à exposição permanente e enseja o pagamento integral no período em que o trabalhador for exposto ao risco.
Só é vedado o pagamento quando a exposição for eventual, ou seja, quando o risco de choque não faça parte da rotina do trabalhador.
Também é relevante salientar que operações em Sistema Elétrico de Potência são aquelas realizadas em circuitos elétricos energizados com classe de tensão superior a 1000v.
Níveis de tensão
Extra-Baixa Tensão (EBT): tensão não superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.
Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.
Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.
Adicional de Periculosidade para Eletricistas: Sistema Elétrico de Consumo
Como vimos na caracterização acima, a NR 16 estabelece que em determinadas situações os trabalhos realizados no Sistema Elétrico de consumo (SEC) ensejam o pagamento de Adicional de Periculosidade em outras situações o adicional não é devido.
Para compreendermos a determinação da NR 16, devemos esclarecer que Sistema Elétrico de Consumo é o conjunto de instalações elétricas que existem em residências, lojas, escritórios, etc, ou seja, na unidade consumidora de energia elétrica.
No entanto, apenas tem o direito ao Adicional de Periculosidade, trabalhadores que desenvolvam atividades ou operações em SEC de baixa potência, quando do descumprimento do item 10.2.8 da NR 10.
Em resumo, isto significa que tem direito ao Adicional de Periculosidade os trabalhadores que desempenham atividades com SEC, desde que o sistema esteja energizado e não forem adotadas medidas de proteção coletiva, determinas pela NR 10.
Sistema Elétrico de Potência (SEP)
Basicamente, os Sistemas Elétricos de Potência são os grandes sistemas responsáveis pela geração, transmissão e consumo de energia elétrica.
Sendo assim, a principal função do SEP é a transferência da energia elétrica gerada convertida de energias primárias obtidas através de água, carvão, vento, etc., para os consumidores.
O que diferencia o SEP dos outros circuitos energizados é que, nesse caso, as atividades são realizadas com Alta Tensão (acima de 1000v)
Capacitação de profissionais em SEP
Existem dois tipos de treinamento que se aplicam aos profissionais que atuam com eletricidade, segundo a NR 10. O treinamento básico é destinado a profissionais que atuam diretamente com circuitos energizados com classe de tensão até 1000v.
Já o treinamento direcionado a atividades relacionadas ao SEP, tem como objetivo capacitar profissionais que exerçam suas atividades dentro de zonas de controle de risco com circuitos energizados com classe de tensão acima de 1000v.
O treinamento em SEP é muito importante, pois os trabalhos que envolvem eletricidade têm sério risco de acidentes caso não sejam seguidos corretamente os procedimentos e normas de segurança.
Nesse sentido, quando o circuito está energizado acima de 1000v, ou seja, quando os serviços envolvem Alta Tensão (AT) o risco é aumentado.
O risco envolvendo AT se dá tanto pelo descumprimento de norma ou quanto pela instalação elétrica realizada sem a observação dos procedimentos corretos. Este último pode gerar instalações ineficientes ou mal feitas. A consequência pode ser incêndios, grandes curtos-circuitos, entre outras falhas.
O treinamento SEP, objetiva a segurança dos profissionais que exerçam atividades com AT, pois estabelece os procedimentos corretos na intervenção de linhas elétricas energizadas ou em suas proximidades.
Sendo assim, o treinamento SEP capacita o profissional sobre o planejamento de atividades, a maneira segura de isolamento de área, testes de detecção de AT, aterramento temporário, meios de comunicação, religamento de energia, manobras de chaves e disjuntores, entre outros.
Radiação é um processo físico de emissão e propagação de energia, que vai de um ponto a outro no espaço ou no meio material.
Existe uma grande dificuldade em se utilizar a radiação sem permitir que alguma radioatividade seja liberada em sua volta, o que pode gerar a exposição do trabalhador ao agente nocivo, porém, há uma quantidade determinada de radiação que pode ser tolerada pelo corpo humano sem que sejam esperados danos que superem os benefícios da utilização dela. Um exemplo, é ao se realizar um raio X de uma perna quebrada, o paciente fica exposto a radiação, mas a níveis aceitáveis para um processo esporádico.
O trabalhador que opera a máquina de raio X também fica exposto a radiação e de forma frequente, porém a níveis reduzidos em relação ao paciente que recebe uma dose de radiação no local do exame. Equipamentos de proteção individual e coletivo também reduzem a dose absorvida pelo trabalhador.
Radiação na Medicina.
Na medicina, o uso de materiais radioativos engloba tanto o diagnóstico quanto a terapia, principalmente na área da oncologia, que trata do câncer. Muitas vezes, a radiação é administrada diretamente no paciente para combate a doenças.
Radiação na Indústria.
Na indústria serve para o controle de processos e produtos, controle de qualidade de soldas e na esterilização.
Radiação na Agricultura
Na agricultura são utilizados no controle de pragas e pestes, na hibridização de sementes, preservação de alimentos, estudos para o aumento na produção de grãos, entre outros.
E claro na geração de energia, em usinas nucleares.
Radiação não ionizante e Radiação ionizante
A radiação pode ser subdividida em radiação ionizante, presente na NR-15 anexo 5 e a radiação não ionizante que é contemplada no anexo 7.
Diferença entre radiação ionizante e não ionizante
A diferença entre os dois tipos de radiação está no próprio nome, a radiação ionizante é a radiação com energia suficiente para produzir a ionização.
O que é Radiação Ionizante?
A radiação ionização é a que produz a Ionização, e ionização é o processo por meio do qual um átomo ou uma molécula perde ou ganha elétrons para formar íons.
Exemplos de radiação ionizante
Raio X.
Radiação alfa (α),
Radiação beta (β)
Radiação gama (γ)
A radiação ionizante penetra de acordo com seu tipo e energia. Enquanto partículas alfa podem ser bloqueadas por uma folha de papel, partículas beta requerem alguns milímetros de, por exemplo, alumínio, para bloqueá-las, enquanto a radiação gama de alta energia requer materiais densos para bloqueá-la, como por exemplo, chumbo ou concreto.
Radiação não ionizante
A radiação não ionizante é menos energética além de não ter poder de penetração, age principalmente sobre a superfície onde os raios incidem.
Exemplos de radiação não ionizantes
Radiação ultravioleta
Radiação Infravermelho
Radiofrequência
Lasers
Micro-ondas
Radiação não ionizante e Radiação ionizante Insalubridade
A NR-15 define Limites de Tolerância para a exposição a radiação ionizante.
Toda exposição a radiação ionizante pode levar a algum risco de danos à saúde humana, e este risco aumenta com o aumento da exposição, por isso, qualquer aplicação da radiação que conduza a exposição do homem deve ser justificada, para garantir que o benefício decorrente dessa aplicação seja mais importante do que o risco devido a exposição.
A exposição a radiação é calculada em dose, que representa a quantidade de energia absorvida por um determinado material ou por um indivíduo.
O limite de dose representa um valor máximo de exposição a radiação, abaixo do qual os riscos decorrentes da exposição à radiação são considerados aceitáveis.
O Limite de Tolerância é definido pelos limites de Dose Anuais Máximos Admissíveis, que são valores de doses aos quais os indivíduos podem ficar ex-postos, sem que isso resulte em um dano à sua saúde. Para o estabelecimento dos limites máximos admissíveis para trabalhadores foram considerados os efeitos somáticos tardios, principalmente o câncer, que pode aparecer anos após a exposição.
O limite de tolerância para exposição à radiação ionizante é definido pelo CNEN, Comissão Nacional de Energia Nuclear. Existem limites especiais para várias categorias de pessoas: mulheres em idade fértil, gestantes, estudantes, estagiários, visitantes, etc. O acompanhamento devem ser realizados pelo SESMT.
Efeitos da radiação ionizante:
Queimaduras
Câncer
Alterações menstruais
Dano grave ao cérebro
Alterações gastrointestinais
Infertilidade
Doenças congênitas
Fatores que potencializam os riscos
Tipo de fonte radioativa
Tempo de permanência junto a fonte
Distância da fonte ao indivíduo
Falta de blindagem (barreira que contenha a radiação, exemplo, parede de chumbo)
E a susceptibilidade individual
Em caso de acidente com fontes de radiação ionizantes mantenha distância, e entre em contato com a área de Emergência do CNEN.
Efeitos da Radiação não ionizantes
As radiações não ionizantes são comuns em nosso dia-a-dia como a radiação solar, a luz visível, a radiação infravermelha, os campos de radiofrequências, micro-ondas, e etc.
As radiações não ionizantes presentes no ambiente de trabalho que causam danos a saúde do trabalhador são, principalmente, a radiação solar e os processos de solda que emitem radiação UV.
Exemplo de efeitos da radiação não ionizante
O Envelhecimento precoce da pele
O câncer de pele
Lesões na pele e nos olhos, que é o caso da realização da solda sem as devidas proteções
Cansaço
O cansaço gerado pela exposição ao sol sem a devida proteção, pode gerar acidentes ao reduzir a capacidade de atenção e reação do trabalhador, assim como reduzir a sua produtividade.
Fatores que potencializam os riscos
Tempo de exposição
Não utilização de protetor solar
Não proteção da pele e dos olhos
Susceptibilidade individual
As operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações não ionizantes, sem a proteção adequada, serão contempladas com o adicional de insalubridade, segundo a NR-15, em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
São poucos os casos em que é pago o adicional de insalubridade devido a exposição a radiação não ionizante. O caso do soldador é um dos poucos casos, e a utilização do EPI correto é suficiente para proteger o trabalhador e evitar a insalubridade.
Radiação solar
No caso da exposição solar, o adicional de insalubridade, quando devido, é normalmente concedido baseado no anexo 3 “Limites de Tolerância para exposição ao calor” e não pelo anexo 7 “Radiações não ionizantes”.
Os riscos químicos no ambiente de trabalho caracterizam-se pela possibilidade do contato do trabalhador com substâncias, compostos ou produtos tóxicos que possam penetrar no organismo do trabalhador através da via respiratória ou serem absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão causando agravos à saúde. Outra forma de risco químico é a presença de substâncias que diminuem a concentração de oxigênio em um ambiente específico, podendo levar a morte do trabalhador por asfixia simples, ou seja, pela falta de oxigênio no ar.
Alguns exemplos de riscos químicos são: poeiras minerais, como a sílica, que causa a silicose; a poeira do bagaço da cana-de-açúcar e os fumos metálicos liberados em processos de fundição. Os riscos químicos causam consequências como: dores de cabeça, irritação, doenças pulmonares e até a morte.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho, há mais de 11 milhões de substâncias registradas e são sintetizados cerca de 6.000 novos produtos anualmente.
Das substâncias químicas, cerca de 1.200 têm limites de tolerância estabelecidos em diversos países, sendo que no Brasil temos pouco mais de 200 limites de tolerância estabelecidos.
Riscos Químicos:
Poeiras
São formadas quando um material sólido é quebrado muído ou triturado.
Quanto menor a partícula, mais tempo ela ficará suspensa no ar, aumentando a chance de ser inalada.
Exemplo de Risco Químico Poeiras
Poeira Mineral;
Poeira dos processos de britagem e moagem;
Lixamento de madeira;
Jateamento de areia;
Fabricação de vidros;
Trituração de cana;
Etc.
Gases
São substâncias que, à temperatura ambiente, estão no estado gasoso.Na maioria das vezes são invisíveis.
Exemplo de Risco Químico Gases
Monóxido de carbono dos escapamentos dos carros;
Hidrogênio;
Gás carbônico;
Gás de cozinha;
Outros
Fumos
Ocorrem quando um metal é fundido (aquecido) e vaporizado, resfriando-se rapidamente e criando partículas muito finas que ficam suspensas no ar.
Exemplo: Operação de soldagem e fundição.
Névoas
São pequenas gotículas que ficam suspensas no ar, usualmente criadas por operações com spray.
Exemplo: Aplicação de agrotóxicos, pinturas em spray.
Vapores
São substâncias que evaporam de um líquido ou sólido, da mesma forma que a água é transformada em vapor d’água. Geralmente são caracterizados pelos odores.
Monóxido de carbono dos escapamentos dos carros;
Hidrogênio;
Gás carbônico;
Gás de cozinha;
Outros
Insalubridade Risco Qúimico – Limite de Tolerância
Exemplo Quadro 1 do anexo 11 da NR 15.
Os limites fixados nesse quadro são válidos para absorção apenas por via respiratória.
Observo que há outras substâncias não listadas que podem ser prejudiciais à saúde do trabalhador.
Há três vias de penetração no organismo:
Via respiratória, pela respiração;
Via cutânea, pela pele;
Via digestiva, pela alimentação.
O quadro define:
Valor teto: Valor que não pode ser excedido;
Se é absorvida pela pele: O que exige o uso de luvas adequadas para sua manipulação, além de outros EPIs necessários à proteção de outras partes do corpo;
Duas unidades de medidas diferentes para se calcular o limite de tolerância;
Se o agente é asfixiante, e no caso de afirmativo, se simples ou químico;
Adicional de insalubridade e o grau de insalubridade.
Risco Químico Asfixiantes
Os agentes asfixiantes são aqueles que produzem anoxemia, ou seja, a deficiência de oxigênio nos tecidos do organismo.
Os asfixiantes podem ser:
Asfixiantes simples.
Estes gases são substâncias que deslocam o oxigênio do ambiente diminuindo, assim, a concentração de oxigênio, levando a asfixia. São muito perigosos, pois normalmente não são percebidos pelo trabalhador. Em sua maioria, não possuem cor ou odor.
Asfixiantes químicos:
São substâncias que ao ingressarem no organismo interferem na perfeita oxigenação dos tecidos.
Os agentes químicos também podem ser classificados como:
Anestésicos ou Narcóticos, devido a ação depressiva sobre o sistema nervoso central
Irritantes, estes produzem inflamação nos tecidos com os quais entram em contato direto, tais como a pele, os olhos e as vias respiratórias.
Profissional de segurança do trabalho, membro da CIPA ou o designado CIPA não precisam conhecer todos os agentes químicos insalubres.
Nas empresas onde existe a possibilidade da presença de poeiras, névoas, fumos metálicos, gases e vapores, recomenda-se que a identificação, análise de concentração e exposição do trabalhador sejam realizadas por profissional altamente especializado no assunto. Os resultados da análise e as medidas protetivas propostas devem constar no PPRA e ser de fácil compreensão.
Insalubridade Risco Químico – Inspeção realizada no local de trabalho
O anexo 13 da Norma Regulamentadora 15 apresenta uma relação de atividade e operações envolvendo produtos químicos consideradas insalubres, em decorrência de inspeção realizadas no local de trabalho. A insalubridade é estabelecida por análise qualitativa. O grau de insalubridade também está definida no anexo.
Observo que as atividades ou operações com os agentes químicos que já tenham sido incluídas no quadro 1 do anexo 11 que conhecemos há pouco excluem-se desta relação.
No anexo 13 estão listados agentes como arsênico, carvão, chumbo, cromo, fósforo, hidrocarboneto e outros compostos de carbono: mercúrio, silicatos e substâncias cancerígenas, como metanfetamina.
As consequências dos agentes químicos podem ser: pneumoconiose do carvão, transtornos gastrointestinais, câncer, anemia e outros.
Os fatores que potencializam os riscos são a concentração do agente químico, o estado físico da matéria, que pode ser: sólido, em diferentes dimensões e formato, líquido, gasoso e plasma, o tempo de exposição e a susceptibilidade individual, pois cada organismo reage de forma diferente.
Para exemplificar como a concentração e o tempo de exposição podem influenciar nos efeitos danosos à saúde, ocasionados pela exposição à agentes químicos, apresento esta tabela que nos mostra os efeitos do monóxido de carbono no organismo. O monóxido de carbono é comumente encontrado no ambiente de trabalho.
Observe que o mesmo tempo de exposição, duas horas, em diferentes concentrações, pode gerar de uma leve dor de cabeça a um desmaio.
Por outro lado, altas concentrações, mesmo que em um pequeno tempo de exposição, podem ter efeitos catastróficos, como a morte.
O anexo 12 da NR 15 refere-se as Poeiras Minerais, especificamente:
Asbesto, conhecido como amianto;
Manganês e seus compostos;
Sílica livre e cristalizada.
A OMS – Organização Mundial de Saúde – concluiu que o amianto causa mais de 100 mil mortes por ano e é proibida em mais de 50 países.
No Brasil, a decisão de proibir o amianto já foi ratificada pelo Superior Tribunal Federal.
Para o manganês, o item 5 diz:
“As avaliações de concentração ambiental e caracterização da insalubridade somente poderão ser realizadas por engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho conforme previsto no art. 195 da CLT.”
Estas avaliações devem estar presentes no PPRA e no PPR Programa de Proteção Respiratória que deve ser implementado nas empresas com riscos respiratórios.
A Sílica Livre Cristalizada é a principal causadora da doença denominada silicose e está presente em várias indústrias, como na mineração, na Indústria de cerâmica e vidro, na metalurgia, fundição e siderurgia, na construção civil, entre outros. Com estas características que a colocam como grande vilã, a Fundacentro lançou o Manual do Trabalhador, disponível também em: www.fundacentro.gov.br. O manual encontra-se em nosso material de revisão.
O risco biológico é a possibilidade de contato entre o trabalhador e um ou mais agentes biológicos potencialmente patogênicos.
Uma substância patogênica é aquela que provoca ou pode provocar, direta ou indiretamente, uma doença.
Agentes biológicos são microrganismos e/ou produtos de seu metabolismo ou, ainda, substâncias liberadas por seres vivos que desencadeiam reações alérgicas no organismo humano.
Como exemplo, temos os vírus, bactérias, protozoários, fungos, bacilos e outros, que causam alergias, mal-estar, doenças como hepatite, dermatites, AIDS, etc.
Risco Biológico formas de contaminação
A contaminação pode ser pela via respiratória, ou seja, pela respiração, pela pele, como em alergias, acidentes com agulhas ou através de picadas de animais infectados e pelo sistema digestivo durante alimentação ou hidratação.
Risco Biológicos Insalubridade
A exposição ocupacional é caracterizada pela possibilidade de contato do trabalhador com um ou mais agentes biológicos potencialmente patogênicos.
O cidadão comum também é exposto a agentes biológicos, e também está susceptível a contrair gripe ou febre-amarela, por exemplo.
Assim, quando analisamos os riscos biológicos deve-se sempre comparar se a exposição é maior que a da comunidade em geral, e se esta exposição possibilita o contato e, consequentemente, a infecção.
Dessa forma, funções em que os trabalhadores têm contato direto com vômito, sangue, tosse, etc… ou manipulam objetos potencialmente infectados, são funções em que os trabalhadores estão em contato com um possível agente patológico com maior risco de contaminação do que o cidadão comum.
Risco Biológico Classificação
Para classificar os riscos biológicos e entender melhor os possíveis danos são realizadas “3” perguntas:
Qual o possível dano da infecção?
Existe tratamento para este agente biológico?
Qual o risco de propagação coletiva? Quais as formas de transmissão deste agente? É pelo ar ou por vetores como o Aedes Aegypti?
Respondendo estas três questões, a Avisa criou uma classificação para o risco biológico.
Classe de Risco 1: Agentes biológicos que apresentam pequena ou nenhuma capacidade de gerar danos ao trabalhador e seu risco de propagação é baixo.
Classe de Risco 2: Agentes biológicos que apresentam uma moderada capacidade de gerar danos ao trabalhador e baixo risco de propagação, como a Herpes. São agentes que podem causar doenças em pessoas e animais, mas há tratamentos.
Classe de Risco 3: Agentes biológicos que podem causar sérios danos ao trabalhador e têm risco moderado de propagação. Estes agente biológicos podem transmitir doenças graves, como a febre amarela e o HIV, tem a capacidade de propagação moderada. Este risco é considerado grave e de propagação moderada.
Classe de Risco 4: Agentes biológicos de alta periculosidade, sem tratamento eficaz e que apresentam risco para toda a sociedade, pois, têm alto poder de propagação. Um exemplo, é o ebola, que não tem um tratamento eficaz, muitas vezes leva ao óbito do paciente, e têm facilidade de propagação.
Ao classificar os riscos é possível definir prioridades nas medidas de controle, assim como, definir medidas de controle para cada classe de risco.
Risco Biológico NR 15 Adicional de Insalubridade
O adicional de insalubridade por agentes biológicos é caracterizado por avaliação qualitativa. As atividades que caracterizam o adicional de insalubridade por agentes biológicos estão listadas na NR 15.
Atividades que caracterizam insalubridade para Risco Biológico
Atividades que caracterizam insalubridade de grau máximo:
Contato permanente com paciente em isolamento por doenças infectocontagiosas ou objetos de seu uso não previamente esterilizados, assim como com carne, sangue, ossos, etc., de animais também portadores de doenças infectocontagiosas
Esgotos em galerias e tanques
Lixo urbano na coleta e na industrialização
Atividade que caracterizam insalubridade de grau médio:
Contato permanentemente com pacientes, animais ou com materiais infecto-contagiantes em hospitais, clínicas, ambulatório, laboratórios, preparo de soro, etc.
Cemitério: no serviço de exumação de corpos.
Estábulos e cavalariças: trabalhos com resíduos de animais deteriorados, etc.
Risco Biológico fatores de riscos
Virulência: Capacidade do microrganismo de infectar e causar doenças.
A resistência do hospedeiro: Corresponde a susceptibilidade individual. Cada ser humano responde diferente a cada infecção.
Dose
Medidas de Controle Risco Biológico
As medidas de controle para os riscos biológico são diversas, como mudanças na estrutura física, troca de equipamentos, alterações nos processos que evitem a possibilidade de contato do trabalhador com o agente patogênico entre outras.
ATENÇÃO: Não podemos nos esquecer dos treinamentos e o uso de EPI.
Risco Biológico Dicas:
Limitar ao mínimo o número de trabalhadores expostos ou com possibilidade de o serem.
Utilizar sistemas de contenção como capelas de segurança.
Realizar descarte de objetos ou substâncias infectadas conforme a legislação da Anvisa.
Disponibilizar produtos de desinfecção apropriados, chuveiros de segurança e lava-olhos e criar planos de ação em caso de acidentes que envolvam agentes biológicos.
Vibrações Ocupacionais: Como Elas Afetam a Saúde e Como Prevenir Seus Efeitos
As vibrações mecânicas estão presentes em diversas atividades profissionais. De acordo com a Norma Regulamentadora 15 (NR 15), elas são classificadas como um risco à saúde, sendo listadas no Anexo 8 das operações insalubres. Portanto, compreender seus efeitos no corpo é crucial para garantir um ambiente de trabalho seguro.
O que São Vibrações?
Em termos simples, vibrações são movimentos oscilatórios gerados por forças desequilibradas em equipamentos. Elas ocorrem em máquinas pesadas, como tratores e empilhadeiras, bem como em ferramentas manuais, como lixadeiras e motosserras.
Exemplos de equipamentos que produzem vibrações incluem:
Ferramentas manuais, como marteletes, serras elétricas e politrizes;
Veículos e máquinas industriais, como tratores, empilhadeiras e pontes rolantes.
Esses equipamentos impactam o corpo de diferentes maneiras. Enquanto alguns geram movimentos que afetam o corpo inteiro, outros produzem vibrações que atingem partes específicas, como as mãos e os braços.
Tipos de Vibrações
Geralmente, as vibrações ocupacionais são divididas em dois tipos principais: vibrações de corpo inteiro e vibrações localizadas.
Vibrações que Afetam o Corpo Inteiro
As vibrações de corpo inteiro ocorrem quando o movimento impacta todo o corpo. Por exemplo, isso acontece frequentemente em operadores de tratores e empilhadeiras. Com o tempo, a exposição pode causar:
Problemas no sistema nervoso e circulatório;
Dificuldades digestivas e reprodutivas;
Lesões na coluna.
Além disso, os efeitos dessas vibrações tendem a se agravar com o aumento da intensidade e da duração da exposição.
Vibrações Localizadas (Mãos e Braços)
Por outro lado, as vibrações localizadas afetam principalmente as mãos e os braços de trabalhadores que utilizam ferramentas manuais. Os sintomas mais comuns incluem:
Formigamento e dormência nos dedos;
Perda de força e coordenação;
Branqueamento dos dedos, conhecido como Fenômeno de Raynaud;
Necrose em casos mais graves.
Esses sinais indicam que o corpo já está sofrendo os efeitos negativos da exposição prolongada.
Como Prevenir os Efeitos das Vibrações
Felizmente, existem várias medidas práticas que podem minimizar os riscos relacionados. A seguir, apresento algumas recomendações essenciais para prevenção:
Manutenção regular das máquinas: Equipamentos sem a devida manutenção costumam intensificar os movimentos oscilatórios. Portanto, é fundamental garantir revisões periódicas.
Limitar o tempo de exposição: Sempre que possível, é recomendável alternar as tarefas que envolvem riscos com outras que não geram exposição ao agente. Isso ajuda a reduzir os danos ao corpo.
Utilizar EPIs apropriados: Luvas antivibração são indicadas para proteger as mãos, enquanto assentos com amortecimento ajudam a minimizar os impactos no corpo inteiro.
Treinamento adequado: Garantir que os trabalhadores saibam operar os equipamentos corretamente é uma forma eficaz de evitar lesões. Além disso, ensinar a postura correta durante o uso também contribui para a prevenção.
Monitoramento médico: Exames regulares permitem detectar problemas relacionados à exposição antes que se agravem. Dessa forma, medidas corretivas podem ser adotadas rapidamente.
Insalubridade e Avaliação Técnica
Segundo o Anexo 8 da NR 15, o adicional de insalubridade para vibrações depende de fatores como intensidade e tempo de exposição. Além disso, a avaliação técnica segue as normas da Fundacentro, que definem os procedimentos adequados de medição e controle. Para mais detalhes, acesse a NHO 09 clicando aqui.
Conclusão
Em resumo, reduzir a exposição é essencial para garantir a saúde dos trabalhadores. Manter a manutenção dos equipamentos em dia, fornecer EPIs adequados e garantir o monitoramento médico regular são medidas preventivas que fazem toda a diferença. Seguir as normas regulamentadoras, como a NR 15, é imprescindível para criar um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo.
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Temperaturas Extremas – Os riscos físicos são as diversas formas de energia presentes no ambiente de trabalho, tais como: ruído, vibração, calor, frio, pressão, radiações, entre outros que podem ser prejudiciais à saúde do trabalhador ou podem causar acidentes.
O corpo humano busca manter uma temperatura interna aproximadamente constante em torno de 37º, seja qual for a temperatura externa. Esta temperatura não deve variar mais do que 4 graus, para mais ou para menos, pois esta variação leva a vários riscos chegando até ao risco de morte.
Para manter a temperatura do corpo, a fisiologia humana tem como característica a existência de mecanismos de regulação da temperatura interna, conhecido como termorregulação, assim, evitando grandes variações da temperatura interna.
Esta capacidade de manter a temperatura aproximada dos 37º pode ser influenciada por fatores externos e internos.
A temperatura, a incidência de vento e a exposição ao calor radiante no local em que se executa a atividade influenciam na temperatura interna do trabalhador. O calor radiante pode ser proveniente dos raios solares ou emitidos por equipamentos presentes em diferentes indústrias.
A umidade relativa do ar e o metabolismo do indivíduo, devido a atividade física, também têm grande influência na temperatura interna do trabalhador.
A umidade relativa do ar influencia na capacidade do corpo humano de produzir e liberar suor. O suor é um dos principais mecanismos de controle térmico do ser humano. Como sabemos, quando a temperatura está elevada, suamos, e assim, expulsamos parte do calor interno ao retirar o calor da pele para o ambiente. No entanto, quanto a umidade relativa do ar está elevada, a evaporação do suor se torna difícil, assim, suamos mais na forma líquida e menos na forma de vapor. Este fato reduz a eficiência do corpo de expulsar o calor. Desta forma, a umidade relativa do ar influencia diretamente na temperatura corporal do trabalhador.
Outro fator muito importante são as atividades físicas. Quando nosso corpo está em atividade, ele está gastando a energia que vem dos alimentos que ingerimos. Parte desta energia é convertida em calor interno. É esta elevação da temperatura interna que faz com que o corpo humano sue durante atividades físicas intensas.
Calor Como Fator de Insalubridade
O desconforto térmico relacionado ao calor ocorre com frequência na construção civil e nas indústrias extrativas em suas formas primárias, devido à exposição a radiação solar, assim como na indústria com atividades próximas a fontes de calor, como caldeiras, fornos e estufas para diversas finalidades.
As temperaturas internas elevadas que levam a sobrecarga térmica podem acarretar em diferentes patologias como taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, prostração térmica, choque térmico, perturbações das funções digestivas e hipertensão.
Outro risco que devemos estar atentos é o risco de acidente, pois em temperaturas elevadas, o trabalhador tem seu rendimento físico e mental minimizado, o que acaba induzindo a erros de raciocínio e percepção, desencadeando acidentes. Por isso, é importante manter o equilíbrio térmico no local de trabalho.
Limite de Tolerância Calor
O calor possui Limites de Tolerâncias definidos na Norma Regulamentadora 15. Para saber se o calor pode acarretar em riscos à saúde do trabalhador, devemos conhecer estes limites de tolerância, que representam as condições que podem afetar a saúde do trabalhador em relação ao calor.
O valor da temperatura é medido em IBUTG, que é o Índice do Bulbo Úmido, Termômetro de Globo. Este índice avalia três temperaturas diferentes com o uso de três termômetros, garantindo assim que sejam avaliadas a temperatura e a influência da umidade relativa do ar e do calor radiante. Estes três termômetros são:
Termômetro de bulbo úmido natural: mede a queda de temperatura ocasionada pela evaporação da água. Esta queda de temperatura corresponde ao mecanismo de controle de temperatura do corpo pelo suor e é influenciado pela umidade relativa do ar.
Termômetro de globo: mede o calor radiante, ou seja, o calor proveniente da radiação.
Termômetro de Bulbo Seco: mede a temperatura ambiente.
Como mencionado, temos que levar em consideração o metabolismo, a atividade física exercida pelo trabalhador.
O Quadro 3 do anexo 2 da NR 15
Ao se conhecer como definir metabolismo e sabendo o IBUTG, pode-se analisar se a atividade têm potencial para gerar problemas de saúde ao trabalhador.
Limite de Tolerância para exposição ao calor.
Há dois tipos de Limite de Tolerância para exposição ao calor
O Limite de Tolerância para trabalho em regime intermitente com período de:
Descanso no próprio local de trabalho.
Quadro 1 do anexo 2 da NR 15.
O Quadro 1 do anexo 2 da NR 15. apresenta o tempo de descanso determinado no local de trabalho por tipo de atividade realizada (Leve, Moderada ou Pesada ) e o IBUTG levantado no local de trabalho.
Observações:
Quanto maior o metabolismo, menor o IBTUG permitido
Para IBTUG muito elevado, não é permitido a atividade sem a adoção de medidas adequadas de controle.
Quanto o IBTUG ou a taxa metabólica, maior o tempo de descanso exigido.
Limite de Tolerância para o trabalho em regime intermitente com período de:
Descanso em ambiente termicamente mais ameno.
O Quadro 2, anexo 2 da NR15
O Quadro 2, anexo 2 da NR15 indica uma relação entre o IBUTG e a taxa metabólica da atividade, fazendo uma média ponderada entre o período de descanso e o período em atividade. Para isso deve-se analisar ambos, IBUTG e Taxa metabólica, no período de trabalho e no período de descanso.
A variável M leva em consideração a taxa metabólica em atividade e em descanso, conforme fórmula a seguir.
M = (Mt x Tt) + (Md x Td) 60
Mt – Taxa de metabolismo no local de trabalho
Tt – Soma dos tempos em minutos, em que se permanece no local de trabalho.
Md – Taxa de metabolismo no local de descanso.
Td – Soma dos tempos em minutos, em que se permanece no local de descanso.
Obs: A soma de Tt e Td deve ser igual a 60 minutos
E o IBUTG é calculado em função do IBUTG no local de trabalho e o IBUTG no local de descanso, conforme formula a seguir.
IBUTG = (IBUTGt x Tt) + (IBUTGd x Td) 60
IBUTGt – Valor do IBUTG no local de trabalho
IBUTGd – Valor do IBUTG no local de descanso
Tt – Soma dos tempos em minutos, em que se permanece no local de trabalho.
Td – Soma dos tempos em minutos, em que se permanece no local de descanso.
Obs: A soma de Tt e Td deve ser igual a 60 minutos
O M e o IBTUG usados nesta tabela são uma média ponderada para uma hora, considerando o período mais desfavorável do ciclo de trabalho e são determinados por duas fórmulas similares.
Calcula-se o M ao multiplicar a taxa metabólica no local de trabalho pelo tempo de trabalho, somado a taxa metabólica no local de descanso multiplicado pelo tempo de descanso. O resultado deve ser dividido por 60.
Calcula-se o IBTUG intermitente ao multiplicar o IBTUG no local de trabalho pelo tempo de trabalho, somado ao IBTUG no local de descanso multiplicado pelo tempo de descanso. O resultado deve ser dividido por 60.
Em ambas as fórmulas, a soma do tempo de trabalho e de descanso devem corresponder a 60 minutos, pois o cálculo é uma média ponderada para uma hora de trabalho.
Os períodos de descanso serão considerados tempo em serviço para todos os efeitos legais.
Frio Como Fator de Insalubridade
Em oposição ao calor, temos o frio. Para o frio, não há Limite de tolerância de exposição definidas pela NR15. A avaliação é qualitativa.
Anexo 9 da NR5:
“As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas ou em locais que apresentem condições similares que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.”
Diversas atividades laborais expõem os trabalhadores a possíveis danos causados pelo frio. Destacam-se atividades a céu aberto em regiões frias, realizadas em câmaras e navios frigoríficos, trabalhos de embalagem e manuseio de cargas congeladas, entre outros.
Assim como para o calor a umidade relativa do ar alta também aumenta a capacidade do frio de causar danos. Quanto mais úmido o ambiente, maior a capacidade do ar de retirar calor do corpo humano, diminuindo nossa temperatura interna. A água é 25 a 30 vezes mais condutiva de calor que o ar, significando que o trabalhador em ambiente úmido pode perder de 25 a 30 vezes mais o calor do corpo para o ambiente do que se estivesse seco.
O vento também é um fator importante que aumenta a suscetibilidade do indivíduo ao frio, devido à sua capacidade de causar perda de calor. Como sabemos, quando está calor, ligamos o ventilador.
Assim, concluímos que a gravidade da exposição ocupacional ao frio deve levar em consideração a temperatura do ar, a umidade relativa do ar, a velocidade do vento e a atividade física.
A exposição ao frio pode causar diferentes danos a saúde do trabalhador. As doenças e ferimentos causados pelo frio ocorrem quando a perda de calor do corpo excede a produção de calor.
As lesões produzidas pela ação do frio afetam principalmente as extremidades e áreas salientes do corpo, como pés, mãos, face e outras.
Sem a devida proteção, o frio pode causar: ulcerações, hipotermia, fenômeno de Raynaud, pé de imersão, frosbite e até a morte.
O Corpo Humano e o frio
Quando a temperatura do corpo cai abaixo de 35°C, ocorrem fortes tremores, e isto deve ser considerado como aviso de perigo para os trabalhadores.
Quando a temperatura central do corpo cai abaixo de 33°C, a sensação de frio e dor tende a diminuir por causa da perda de sensibilidade que o frio causa. Neste momento, o trabalhador sente fraqueza muscular e adormecimento e já se encontra em hipotermia. Outros sintomas de hipotermia incluem a percepção reduzida e pupilas dilatadas.
Conforme o frio aumenta ou o período de exposição se prolonga e o corpo atinge 27°C, o trabalhador entra em coma. A atividade do coração para ao redor de 20°C e a cerebral a 17°C de temperatura interna.
Recomendações Para Trabalhos em Ambientes Frios
Evitar o trabalho solitário em ambientes frios. O trabalhador deve estar em constante observação ou trabalhar em duplas;
Evitar sobrecarga de trabalho de forma a evitar sudorese intensa que possa causar umedecimento da vestimenta. Quando da realização de trabalho intenso, devem-se adotar períodos de descanso em abrigos aquecidos, com troca de vestimenta molhada por seca, sempre que necessário;
Nos casos em que as roupas oferecidas aos trabalhadores não forem suficientes para prevenir a hipotermia ou enregelamento, o trabalho deve ser modificado ou interrompido até que roupas adequadas sejam providenciadas;
A troca de meia ou palmilhas removíveis sempre que as mesmas estiverem umedecidas;
O local de trabalho deve ser planejado de forma que o trabalhador não passe longos períodos parados. Local frio não pode ser utilizado como área de repouso. Não deve existir no ambiente assentos metálicos de cadeiras desprotegidos;
As portas de câmaras frigorificas ou outras dependências refrigeradas em que haja trabalhadores operando devem ser dotadas de sistema que permita a abertura das portas internamente, caso os trabalhadores fiquem involuntariamente presos;
A Norma Regulamentadora 29 “Segurança e saúde no trabalho portuário” dispõe quanto ao regime de trabalho em locais refrigerados. Estas orientações são para pessoas adequadamente vestidas para exposição ao frio.