A umidade excessiva esta presentes na Norma Regulamentadora 15 “Atividades e Operações Insalubres” no anexo 10 “Umidade”. O limite de tolerância não é definido pelo Anexo 10 assim a análise se o trabalhador tem direito a adicional de insalubridade, é pela inspeção no local de trabalho.
A umidade é um agente caracterizado pelo excesso de água no ambiente laboral, em forma líquida ou vapor. São áreas alagadas, encharcadas ou com umidades excessivas.
A umidade influencia em alguns fatores, como ao favorecer o surgimento de fungos, bactérias e microorganismos que se proliferam nos ambientes com excesso de umidade, favorecendo o aparecimento de agentes biológicos patogênicos.
A umidade também tem grande influência sobre a sensação térmica e sobre a temperatura interna do trabalhador.
A umidade relativa do ar influencia na capacidade do corpo humano de produzir e liberar suor. O suor é um dos principais mecanismos de controle térmico do ser humano. Como sabemos, quando a temperatura está elevada, suamos, e assim, expulsamos parte do calor interno ao retirar o calor da pele para o ambiente. No entanto, quanto a umidade relativa do ar está elevada, a evaporação do suor se torna difícil, assim, suamos mais na forma líquida e menos na forma de vapor. Este fato reduz a eficiência do corpo de expulsar o calor. Desta forma, a umidade relativa do ar influencia diretamente na temperatura corporal do trabalhador.
A umidade relativa do ar e o Frio
Assim como para o calor a umidade relativa do ar alta também aumenta, a capacidade do frio causar danos. Quanto mais úmido o ambiente, maior a capacidade do ar de retirar calor do corpo humano, diminuindo nossa temperatura interna. A água é 25 a 30 vezes mais condutiva de calor que o ar, significando que o trabalhador em tempo úmido pode perder de 25 a 30 vezes mais calor do corpo do que se estivesse seco.
Atividades que podem gerar adicional de insalubridade por Umidade
Lava jatos,
Frigoríficos,
Lavanderia,
Casas antigas com problemas de infiltração
Etc….
As medidas de controle são diversas, mas devemos priorizar sempre os controles permanentes, os EPI´s em alguns casos são necessários, mas muitas vezes pode-se resolver o problema de forma mais eficiente.
Por motivos como, falta do equipamento correto, treinamento e fiscalização, quanto ao uso correto do EPI impermeável, o trabalhador pode não utilizar o equipamento de forma efetiva, e assim, manter encharcados os sapatos ou suas vestimentas. Por este motivo de preferência a equipamentos de proteção coletiva
A NR-17 estabelece medidas preventivas a serem adotadas pelas empresas, com a finalidade de adaptar as condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, proporcionando-lhes conforto, segurança e desempenho eficiente. É a norma regulamentadora da ergonomia.
Observe que esta norma não diz respeito apenas à questões posturais, de adequação do posto de trabalho ao trabalhador, de análise dos movimentos executados na atividade laboral e dos equipamentos corretos para execução das tarefas. Ao mencionar características psicofisiológicas, a NR 17 inclui situações como a de pressão psicológica, estresse, pressão por resultado, questões essas que também estão relacionadas a ergonomia.
Para uma abordagem mais profunda sobre ergonomia leia: Ergonomia NR 17
Entende-se por ergonomia o estudo das interações das pessoas com a tecnologia, com a organização e com o meio ambiente. Estas interações visam melhorar de forma integrada e dissociada a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades humanas.
Interações com a Tecnologia, pode ser uma melhoria nos equipamentos como amortecedores em um caminhão ou um painel de controle mais simples e fácil de operar.
Organizacional, como ao introduzir intervalos regulares para atividades repetitivas. Muitas vezes estes intervalos aumentam a produtividade diária do trabalhador.
Com o meio ambiente, como na instalação de ar condicionado em ambiente muito quente.
Ergonomia no Trabalho em Sentado, em Pé e no Transporte manual de peso.
Trabalho Sentado
7 dicas para uma boa postura sentado:
Não cruze as pernas – Elas devem estar apoiadas em um ângulo de 90 graus. É importante que a altura da cadeira seja a mesma distância entre seu joelho e o chão
Sente-se sobre o ossinho do final da coluna, o ossinho do bumbum
Mantenha as costas retas, respeitando a curvatura normal da coluna.
Posicione os ombros levemente para trás
Os braços devem estar apoiados
O monitor deve estar a uma altura em que você consiga manter o queixo paralelo ao chão.
E sempre que ficar longos períodos sentado, procure levantar e alongar o corpo.
Trabalho em Pé
Quanto ao trabalho em pé, observe se sua coluna esta ereta até a nuca, respeitando sua curva natural, e ombros ligeiramente para trás. Recomenda-se intervalos sentado.
A NR-17, em seu item 3.5, diz que.
“Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas.”
Em ambos os casos, grandes períodos sentados ou em pé é recomendado a ginástica laboral orientada por profissional da saúde.
Levantamento e transporte manual de peso
O levantamento e transporte manual de pesos, é um dos grandes causadores de desconforto, doença e acidente do trabalho. Muitas vezes, são situações que se desenvolvem com o passar dos anos e, quando se percebe o dano já é irreversível. Uma primeira dica é verificar todos os obstáculos no caminho antes do transporte do peso e, quando possível, retirá-los.
Além do cuidado com o caminho é necessário verificar, a forma correta para pegar o produto, o peso, o volume e se há a possibilidade de o objeto rasgar ou dividir em partes. Estes fatores influenciam no equilíbrio e visão de quem carrega o objeto.
O primeiro passo é posicionar-se junto ao objeto, mantendo os pés afastados, com um pé mais à frente que o outro, para aumentar sua base de sustentação.
O segundo passo é abaixar dobrando os joelhos e mantendo a cabeça e as costas em linha reta. Não dobre as costas. Deve-se levantar usando somente o esforço das pernas. Aproxime o objeto do corpo e mantenha o objeto centralizado em relação as pernas durante o percurso.
Duas dicas importantes:
Evite a rotação do tronco, mantenha as pernas fixas no chão. Se necessário, vire o corpo todo mantendo o objeto centralizado.
Não levante objetos pesados acima de sua cabeça e evite levantá-lo acima da linha do ombro.
No caso de ações rotineiras de transporte de cargas, recomenda-se a utilização de equipamento de transporte de cargas.
Uma boa postura de pé, parado, andando, sentado e ao se deitar, contribui para o bem-estar e ajuda a reduzir dores musculares. Por este motivo observe as queixas dos trabalhadores, pode ser uma questão de ergonomia.
Analise ergonômica
Ao se analisar as questões ergonômicas, observe também a facilidade e postura para se operar os equipamentos, a ventilação, a iluminação e o conforto térmico do ambiente de trabalho.
Como vimos, questões psicossociais que inclui situações como a de pressão psicológica, estresse, pressão por resultado e até a monotonia no trabalho são consideração na ergonomia e a individualidade de cada trabalhador deve ser respeitada.
Quais seus conhecimentos sobre a NR 35 e o trabalho em altura? Neste texto e vídeo apresentaremos questões relativas a NR 35 e o Trabalho em Altura.
Devido ao grande número de acidentes relacionados ao trabalho em altura há uma norma específica para o trabalho em altura, a NR 35.
Com o objetivo de uma rápida aprendizagem sobre o assunto apresentamos um vídeo de 5 minutos onde você vai aprender tudo que precisa aprender sobre a NR 35 e o trabalho em altura e abaixo o artigo para se aprofundar.
Aula NR 35 Trabalho em Altura.
O trabalho em altura também é citado em outras normas como na NR 6 e NR 18. A NR 18 determina o uso do cinto de segurança para trabalho em altura superior a 2 (dois) metros em que haja risco de queda.
A obrigatoriedade do curso de NR 35 e a necessidade de Permissão de Trabalho é devido a gravidade potencial e frequência de acidentes envolvendo o trabalho em altura.
Vamos conhecer alguns números.
Em 2017, das 349.579 comunicações de acidentes de trabalho (CATs) feitas pelas empresas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 37.057 se referiam a quedas – 10,6% dos registros. Entre os acidentes fatais as quedas representam 15% do total.
Segundo a ONU, o Trabalhos em altura sem a devida proteção é a 3ª maior causa de acidentes no mundo, ficando atrás somente dos homicídios e dos acidentes automobilísticos.
Quando analisamos a indústria da construção civil, dados de 2016 do Ministério do Trabalho e Previdência Social revelam que, 65% das mortes na construção civil tiveram como causa a queda de altura.
A maioria dos acidentes ocorrem por descaso. Muitos trabalhadores não levam o risco a sério, por falta do treinamento correto, e muitos empregadores acabam pagando caro por não conscientizar os trabalhadores quanto aos riscos e por não fiscalizar o uso correto dos equipamentos de segurança.
E porque muitas vezes os trabalhadores param de reconhecem os riscos?
Observe estas fotos famosas, da construção do Empire State Building, os trabalhadores parecem preocupados?
O medo de altura é algo comum, porém, após um período realizando trabalhos com risco de queda, o trabalhador para de reconhecer o risco que está correndo, e aí mora o perigo.
Desta forma, além do treinamento da NR 35 e fiscalização do cumprimento da norma, deve-se realizar campanhas de conscientização de forma constante.
NR 35 Trabalho em Altura – Risco de Queda
Situações que levam ao risco de queda.
Rompimento de telhas ou pisos de baixa resistência: recomenda-se a utilização de tábuas para distribuição do peso do trabalhador sobre superfícies de baixa resistência;
Mal posicionamento de dispositivos de segurança: muitas vezes o trabalhador não utiliza o equipamento de proteção antiqueda, pois, o local para fixar o equipamento impede o trabalho de forma efetiva;
Pisos molhados;
Mau súbito do funcionário: trabalhadores que não estejam se sentindo bem, não podem realizar atividades em altura;
Piso impregnado de óleo ou graxa;
Içamento de materiais para cobertura: deve-se sempre isolar a área de risco abaixo do local de içamento de materiais;
Ofuscamento da visão por reflexões solares;
Inclinação da plataforma de trabalho: comum em telhados;
Desequilíbrio, entre outras.
Como podemos observar, são muitas as situações que podem influenciar na probabilidade de o acidente ocorrer.
NR 35 Trabalho em Altura – Procedimentos e Cuidados
Para evitar que estas situações estejam presentes no trabalho em altura, a Norma 35 cita a importância do planejamento para serviços que exige o trabalho em altura, vamos conhecer algumas dicas:
Verificar a situação de resistência do local de trabalho;
Verificar os pontos para fixação dos trava-quedas, moitões e prancha para locomoção;
Evitar o trabalho sobre pisos molhados;
Isolar por meio de sinalização adequada a área de içamento e descida de materiais;
Verificar trajetos a serem realizados e se há objetos que podem interferir no equilíbrio do trabalhador;
Verificar se é possível a existência de agentes químicos no local de trabalho em altura que interfiram na visão ou no sistema nervoso central do trabalhador;
Deve-se sempre observar as condições físicas do funcionário. Se o mesmo estiver com a mobilidade ou equilíbrio reduzido, não permitir o trabalho;
O calçado deve ser adequado para o trabalho, assim como, estar com a sola em bom estado. Calçado velho é como o pneu careca, gera grande risco de acidente;
As condições meteorológicas devem ser analisadas, o vento e a chuva potencializam o risco de queda em locais abertos;
Analisar a possibilidade de adoção de equipamentos de proteção coletiva como guarda corpo, rodapé, que evita a queda de material no nível inferior, redes de proteção, entre outros;
Verificar o sistema de comunicação entre os envolvidos;
A presença de supervisor acompanhando os trabalhos em altura;
Outra dica importante é que os materiais e ferramentas não podem ser deixados desordenadamente nos locais de trabalho sobre andaimes, plataformas ou qualquer estrutura elevada para evitar acidentes com pessoas que estejam trabalhando ou transitando sob as mesmas.
As ferramentas não devem ser transportadas em bolsos. Deve-se utilizar sacolas especiais ou cintos apropriados e nunca, eu disse nuca, arremessar materiais ou ferramentas para colegas de trabalho.
Cinto de segurança para trabalho em altura
Dicas sobre o uso e conservação do cinto de segurança antiqueda.
Antes da utilização o trabalhador deve ser orientado a verificar a presença de sinais de desgaste ou danos que possam comprometer a segurança do usuário.
O equipamento deve ser guardado em local seco, limpo e fora do alcance do sol ou de outras fontes de calor.
Ele não pode ser exposto a materiais corrosivos e/ou químicos que possam danificar o material, assim como, de objetos pontiagudos ou cortantes.
O cinto de segurança pode ser lavado com água morna e sabão neutro, sempre que necessário, e a secagem deve ser natural e na sombra. Não seque na máquina e nem exponha ao sol para evitar os raios ultravioleta.
Todos os trabalhadores devem ser orientados a observar se seus colegas estão utilizando o cinto devidamente fixado e não permitir que o mesmo seja utilizado como brinquedo, pois, é um equipamento para salvar vidas.