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Riscos Ergonômicos NR 17

Risco Ergonomico e a NR 17

A NR-17 estabelece medidas preventivas a serem adotadas pelas empresas, com a finalidade de adaptar as condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, proporcionando-lhes conforto, segurança e desempenho eficiente. É a norma regulamentadora da ergonomia.

Observe que esta norma não diz respeito apenas à questões posturais, de adequação do posto de trabalho ao trabalhador, de análise dos movimentos executados na atividade laboral e dos equipamentos corretos para execução das tarefas. Ao mencionar características psicofisiológicas, a NR 17 inclui situações como a de pressão psicológica, estresse, pressão por resultado, questões essas que também estão relacionadas a ergonomia.

Para uma abordagem mais profunda sobre ergonomia leia: Ergonomia NR 17

Risco Ergonômicos NR 17 – Sumário


O que é ergonomia?

Entende-se por ergonomia o estudo das interações das pessoas com a tecnologia, com a organização e com o meio ambiente. Estas interações visam melhorar de forma integrada e dissociada a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades humanas.

  • Interações com a Tecnologia, pode ser uma melhoria nos equipamentos como amortecedores em um caminhão ou um painel de controle mais simples e fácil de operar.
  • Organizacional, como ao introduzir intervalos regulares para atividades repetitivas. Muitas vezes estes intervalos aumentam a produtividade diária do trabalhador.
  • Com o meio ambiente, como na instalação de ar condicionado em ambiente muito quente.

Ergonomia no Trabalho em Sentado, em Pé e no Transporte manual de peso.

Trabalho Sentado

7 dicas para uma boa postura sentado:

  1. Não cruze as pernas – Elas devem estar apoiadas em um ângulo de 90 graus. É importante que a altura da cadeira seja a mesma distância entre seu joelho e o chão
  2. Sente-se sobre o ossinho do final da coluna, o ossinho do bumbum
  3. Mantenha as costas retas, respeitando a curvatura normal da coluna.
  4. Posicione os ombros levemente para trás
  5. Os braços devem estar apoiados
  6. O monitor deve estar a uma altura em que você consiga manter o queixo paralelo ao chão.
  7. E sempre que ficar longos períodos sentado, procure levantar e alongar o corpo.

Trabalho em Pé

Quanto ao trabalho em pé, observe se sua coluna esta ereta até a nuca, respeitando sua curva natural, e ombros ligeiramente para trás. Recomenda-se intervalos sentado.

A NR-17, em seu item 3.5, diz que.

 “Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas.”

Em ambos os casos, grandes períodos sentados ou em pé é recomendado a ginástica laboral orientada por profissional da saúde.

Levantamento e transporte manual de peso

O levantamento e transporte manual de pesos, é um dos grandes causadores de desconforto, doença e acidente do trabalho. Muitas vezes, são situações que se desenvolvem com o passar dos anos e, quando se percebe o dano já é irreversível. Uma primeira dica é verificar todos os obstáculos no caminho antes do transporte do peso e, quando possível, retirá-los.

Além do cuidado com o caminho é necessário verificar, a forma correta para pegar o produto, o peso, o volume e se há a possibilidade de o objeto rasgar ou dividir em partes. Estes fatores influenciam no equilíbrio e visão de quem carrega o objeto.

  • O primeiro passo é posicionar-se junto ao objeto, mantendo os pés afastados, com um pé mais à frente que o outro, para aumentar sua base de sustentação.
  • O segundo passo é abaixar dobrando os joelhos e mantendo a cabeça e as costas em linha reta. Não dobre as costas. Deve-se levantar usando somente o esforço das pernas. Aproxime o objeto do corpo e mantenha o objeto centralizado em relação as pernas durante o percurso.

Duas dicas importantes:

  • Evite a rotação do tronco, mantenha as pernas fixas no chão. Se necessário, vire o corpo todo mantendo o objeto centralizado.
  • Não levante objetos pesados acima de sua cabeça e evite levantá-lo acima da linha do ombro.

No caso de ações rotineiras de transporte de cargas, recomenda-se a utilização de equipamento de transporte de cargas.

Uma boa postura de pé, parado, andando, sentado e ao se deitar, contribui para o bem-estar e ajuda a reduzir dores musculares. Por este motivo observe as queixas dos trabalhadores, pode ser uma questão de ergonomia.


Analise ergonômica

Ao se analisar as questões ergonômicas, observe também a facilidade e postura para se operar os equipamentos, a ventilação, a iluminação e o conforto térmico do ambiente de trabalho.

Como vimos, questões psicossociais que inclui situações como a de pressão psicológica, estresse, pressão por resultado e até a monotonia no trabalho são consideração na ergonomia e a individualidade de cada trabalhador deve ser respeitada.

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Linha de vida NR 35

Linha de vida NR 35

Linha de vida ou a Linha da Vida?

Leia também: Trabalho em Altura

Um dos principais fatores para o sucesso de uma empresa certamente envolve a segurança do trabalho, isso, não exclusivamente, porque sem ela a saúde e qualidade de vida de seus funcionários poderão ficar em risco, mas também a falta de cuidados com o trabalhador em SST vai transmitir a mensagem de uma empresa que não se preocupa com seus colaboradores, prejudicando a identificação entre o trabalhador e a empresa e consequentemente sua dedicação e empenho.

Entretanto, mesmo com os avanços da tecnologia, dos equipamentos de segurança e uma série de normas, o Brasil é o quarto país no mundo em acidentes relacionados ao ambiente de trabalho.

Um exemplo de equipamento de segurança do trabalho que é essencial, mais especificamente, para trabalho em altura, é a linha de vida ou linha de ancoragem. Você já ouviu falar desse equipamento, certo? Sabe se ele esta sendo utilizado da forma correta? Quer saber mais sobre a linha de segurança? Continue acompanhando esse post.


Linha de vida NR 35 – Sumário


O que é a linha de vida?

Muito comumente usada, quando não é possível a instalação de barreira física que impeçam a queda, a linha de vida nada mais é do que uma instalação de cabo de aço, fitas ou corda, que fica conectado ao cinto de segurança e as ancoragens, e tem como objetivo permitir que o trabalhador realize seu trabalho em altura com plena segurança.

Para pessoas que executam trabalho em altura, com risco de queda igual ou superior a 2 metros, é fundamental que a empresa forneça o cinto de segurança e meios de ancorar o cinto para que assim o cinto possa exercer sua função: evitar a queda, ou, reduzir os danos no caso de um eventual acidente.

O ponto de ancoragem é o ponto/local que o sistema de proteção  contra quedas é fixada. O cinto de segurança é ancorado na linha de vida que por sua vez é ancorado, normalmente, na estrutura do edifício, no ponto de ancoragem.

Infelizmente, muitas vezes vemos empresas fornecerem os cintos de segurança e treinamento sem preparar as áreas onde há risco de queda com os devidos pontos de ancoragem do cinto de segurança. O cinto de segurança sem estar ancorado é apenas um macacão desconfortável!

A Norma Regulamentadora 35, em seu Anexo II, bem como a NBR 16.325/2014 – Proteção Contra Quedas em altura – Dispositivos de ancoragem, estipulam que ela deve ser instalada em pontos de ancoragem previamente dimensionados e determinados por profissional legalmente qualificado. Com isso, o colaborador têm a liberdade e a confiança para se movimentar em toda a sua extensão com a devida proteção contra uma eventual queda.

A linha de vida é considerada um Equipamento de Proteção Coletiva – EPC, e deve ser utilizado sob a supervisão de um técnico em segurança do trabalho, pois, dessa forma, a segurança do trabalhador é garantida.

A linha de segurança, portanto, é utilizada por empresas, mais comumente por aquelas que atuam na construção civil, sendo indicada para a execução de trabalhos em altura em que não exista outra forma de proteção coletiva, como por exemplo, trabalhos em telhados, trabalhos de arremates, concretagem, manutenção de fachadas, entre tantos outros.


Instalação da Linha de Vida?

O tipo de linha de vida que deve ser utilizada é definido em função do seu uso em relação ao tempo, carga a ser suportada, serviço a ser executado e conforto do trabalhador. É dimensionado por profissional legalmente habilitado em dimensionamento de cargas, como o Engenheiro Civil e o Engenheiro Mecânico, normalmente com conhecimentos em segurança do trabalho.

Este profissional irá analisar o ambiente e o trabalho que sera realizado, indicar o equipamento correto, o procedimento de instalação, garantindo segurança a equipe de montagem, e emitir a Anotação de Responsabilidade Técnica. Os futuros trabalhadores devem ser preparados para a correta utilização a partir das orientações do Responsável Técnico.


Tipos de linhas de vida

  • Linha de vida Móvel e Linha de vida fixas

As linhas de vida móvel horizontal e vertical, são aquelas que podem ser montadas e desmontadas, ou ainda movimentadas de seus pontos de utilização pré-determinados, essa forma de linha de vida deve possuir ancoragens seguras assim como as linhas fixas, e demandam atenção de um especialista em cada instalação uma vez que são constantemente realocadas.

A linha de vida móvel, tanto horizontal quanto vertical, são fundamentais para o desenvolvimento de uma obra, isso porque à medida que a obra avança, o posicionamento da linha de vida pode ser modificada, já que ela pode ser montada e desmontada de acordo com a necessidade da obra.

  • Linha de vida fixa horizontal ou vertical

Outro tipo de linha de vida é a fixa, que também pode ser horizontal ou vertical. A linha de vida fixa é aquela que é utilizada em atividades no ambiente de trabalho que não terá alterações em seu posicionamento, como por exemplo, uma linha de vida de uma escada vertical de um silo.

As linhas de vida devem possuir certificado do fabricante e de instalação. É comum a instalação ser realizada pelo fabricante ou empresa especializada.


PCMAT – NR18

Os empreendimentos da indústria da construção que necessitam de PCMAT, devem possuir projeto de dimensionamento e instalação da linha de vida, como parte do Programa de Condições e meio Ambiente de Trabalho na Indústria de Construção, devido a exigência da Norma Regulamentadora 18 de projeto para todos os EPCs, equipamentos de proteção coletiva.


Linha de vida para telhado

Referente a linha de vida para trabalho em telhado, a NR 18 orienta que a fixação da ancoragem deve ser realizada em estrutura definitiva da edificação.

Vale ressaltar que, o uso de linha de vida para telhado segue as determinações da NBR 16.325 – proteção contra quedas de altura.

Esse tipo de linha de vida foi desenvolvida para trabalhos em alturas, com diversas finalidades, tais como:

  • Limpeza de telhado
  • Limpeza de chaminés
  • Manutenção de telhado (troca de telhas)
  • Limpeza de calhas de telhados

O recomendado é que o trânsito de pessoas sobre telhados de cobertura frágil, seja realizado preferencialmente em passarela de alumínio, mais leve, podendo ser utilizada tábuas de madeira, dessa forma, o peso do trabalhador não ficará apenas sob seus pés, reduzindo assim, as possibilidades de rompimento da cobertura do telhado. O cinto de segurança ancorado não interfere nesta recomendação, pois, neste caso, o cinto de segurança não evita o acidente apenas reduz sua gravidade.

Leia Também: Valorização da Saúde e Segurança do Trabalho

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NR 35 Trabalho em Altura

NR 35 Trabalho em Altura

Quais seus conhecimentos sobre a NR 35 e o trabalho em altura?
Neste texto e vídeo apresentaremos questões relativas a NR 35 e o Trabalho em Altura.

Devido ao grande número de acidentes relacionados ao trabalho em altura há uma norma específica para o trabalho em altura, a NR 35.

Com o objetivo de uma rápida aprendizagem sobre o assunto apresentamos um vídeo de 5 minutos onde você vai aprender tudo que precisa aprender sobre a NR 35 e o trabalho em altura e abaixo o artigo para se aprofundar.


Aula NR 35 Trabalho em Altura.


O trabalho em altura também é citado em outras normas como na NR 6 e NR 18. A NR 18 determina o uso do cinto de segurança para trabalho em altura superior a 2 (dois) metros em que haja risco de queda.

NR 35 Sumário


NR 35 Trabalho em Altura – Números

A obrigatoriedade do curso de NR 35 e a necessidade de Permissão de Trabalho é devido a gravidade potencial e frequência de acidentes envolvendo o trabalho em altura.

Vamos conhecer alguns números.

Em 2017, das 349.579 comunicações de acidentes de trabalho (CATs) feitas pelas empresas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 37.057 se referiam a quedas – 10,6% dos registros. Entre os acidentes fatais as quedas representam 15% do total.

Segundo a ONU, o Trabalhos em altura sem a devida proteção é a 3ª maior causa de acidentes no mundo, ficando atrás somente dos homicídios e dos acidentes automobilísticos.

Quando analisamos a indústria da construção civil, dados de 2016 do Ministério do Trabalho e Previdência Social revelam que, 65% das mortes na construção civil tiveram como causa a queda de altura.

A maioria dos acidentes ocorrem por descaso. Muitos trabalhadores não levam o risco a sério, por falta do treinamento correto, e muitos empregadores acabam pagando caro por não conscientizar os trabalhadores quanto aos riscos e por não fiscalizar o uso correto dos equipamentos de segurança.

E porque muitas vezes os trabalhadores param de reconhecem os riscos?

Observe estas fotos famosas, da construção do Empire State Building, os trabalhadores parecem preocupados?

O medo de altura é algo comum, porém, após um período realizando trabalhos com risco de queda, o trabalhador para de reconhecer o risco que está correndo, e aí mora o perigo.

Desta forma, além do treinamento da NR 35 e fiscalização do cumprimento da norma, deve-se realizar campanhas de conscientização de forma constante.


NR 35 Trabalho em Altura – Risco de Queda

Situações que levam ao risco de queda.

  • Rompimento de telhas ou pisos de baixa resistência: recomenda-se a utilização de tábuas para distribuição do peso do trabalhador sobre superfícies de baixa resistência;
  • Mal posicionamento de dispositivos de segurança: muitas vezes o trabalhador não utiliza o equipamento de proteção  antiqueda, pois, o local para fixar o equipamento impede o trabalho de forma efetiva;
  • Pisos molhados;
  • Mau súbito do funcionário: trabalhadores que não estejam se sentindo bem, não podem realizar atividades em altura;
  • Piso impregnado de óleo ou graxa;
  • Içamento de materiais para cobertura: deve-se sempre isolar a área de risco abaixo do local de içamento de materiais;
  • Ofuscamento da visão por reflexões solares;
  • Inclinação da plataforma de trabalho: comum em telhados;
  • Desequilíbrio, entre outras.

Como podemos observar, são muitas as situações que podem influenciar na probabilidade de o acidente ocorrer.


NR 35 Trabalho em Altura – Procedimentos e Cuidados

Para evitar que estas situações estejam presentes no trabalho em altura, a Norma 35 cita a importância do planejamento para serviços que exige o trabalho em altura, vamos conhecer algumas dicas:

  • Verificar a situação de resistência do local de trabalho;
  • Verificar os pontos para fixação dos trava-quedas, moitões e prancha para locomoção;
  • Evitar o trabalho sobre pisos molhados;
  • Isolar por meio de sinalização adequada a área de içamento e descida de materiais;
  • Verificar trajetos a serem realizados e se há objetos que podem interferir no equilíbrio do trabalhador;
  • Verificar se é possível a existência de agentes químicos no local de trabalho em altura que interfiram na visão ou no sistema nervoso central do trabalhador;
  • Deve-se sempre observar as condições físicas do funcionário. Se o mesmo estiver com a mobilidade ou equilíbrio reduzido, não permitir o trabalho;
  • O calçado deve ser adequado para o trabalho, assim como, estar com a sola em bom estado. Calçado velho é como o pneu careca, gera grande risco de acidente;
  • As condições meteorológicas devem ser analisadas, o vento e a chuva potencializam o risco de queda em locais abertos;
  • Analisar a possibilidade de adoção de equipamentos de proteção coletiva como guarda corpo, rodapé, que evita a queda de material no nível inferior, redes de proteção, entre outros;
  • Verificar o sistema de comunicação entre os envolvidos;
  • A presença de supervisor acompanhando os trabalhos em altura;

Outra dica importante é que os materiais e ferramentas não podem ser deixados desordenadamente nos locais de trabalho sobre andaimes, plataformas ou qualquer estrutura elevada para evitar acidentes com pessoas que estejam trabalhando ou transitando sob as mesmas.

As ferramentas não devem ser transportadas em bolsos. Deve-se utilizar sacolas especiais ou cintos apropriados e nunca, eu disse nuca, arremessar materiais ou ferramentas para colegas de trabalho.

Manchete de Jornal. Marreta de três quilos cia de prédio e mata pedestre no Centro da cidade.

Cinto de segurança para trabalho em altura

Dicas sobre o uso e conservação do cinto de segurança antiqueda.

Antes da utilização o trabalhador deve ser orientado a verificar a presença de sinais de desgaste ou danos que possam comprometer a segurança do usuário.

O equipamento deve ser guardado em local seco, limpo e fora do alcance do sol ou de outras fontes de calor.

Ele não pode ser exposto a materiais corrosivos e/ou químicos que possam danificar o material, assim como, de objetos pontiagudos ou cortantes.

O cinto de segurança pode ser lavado com água morna e sabão neutro, sempre que necessário, e a secagem deve ser natural e na sombra. Não seque na máquina e nem exponha ao sol para evitar os raios ultravioleta.

Todos os trabalhadores devem ser orientados a observar se seus colegas estão utilizando o cinto devidamente fixado e não permitir que o mesmo seja utilizado como brinquedo, pois, é um equipamento para salvar vidas.

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