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Segurança do Trabalho: Essencial para a Proteção e Bem-Estar

Segurança do Trabalho: Essencial para a Proteção e Bem-Estar nas Empresas

A Segurança do Trabalho é um tema crucial para qualquer empresa que deseja proteger seus colaboradores e promover um ambiente seguro e saudável. Por meio de um conjunto de medidas preventivas, ações e regulamentações, visa minimizar os riscos de acidentes e doenças ocupacionais, garantindo a integridade física e mental de todos os trabalhadores.

Este conteúdo vai abordar o que é segurança do trabalho, seus principais objetivos, documentos obrigatórios, e as melhores práticas para implementar um ambiente de trabalho seguro.

O que é Segurança do Trabalho?

A Segurança do Trabalho é o conjunto de normas, procedimentos e ações que têm como principal objetivo garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores durante o exercício de suas atividades. Além disso, ela busca prevenir acidentes e doenças ocupacionais, agindo de maneira proativa para identificar e mitigar os riscos no ambiente de trabalho.

Com a adoção dessas medidas, empresas conseguem não apenas cumprir suas obrigações legais, mas também melhorar a qualidade de vida dos colaboradores, aumentar a produtividade e reduzir custos com afastamentos e indenizações.

Zé segurança com dúvidas em relação a Segurança do Trabalho
Segurança do Trabalho Dúvidas

Função da Segurança do Trabalho nas Empresas

A função principal da Segurança do Trabalho é prevenir qualquer tipo de incidente que possa prejudicar o bem-estar do colaborador. Para isso, diversas ações são implementadas, desde a análise de risco até a implantação de equipamentos de proteção e campanhas de conscientização.

Os profissionais da área, como engenheiros e técnicos, são responsáveis por identificar os riscos presentes no ambiente laboral e propor soluções para eliminar ou minimizar esses perigos. Em muitos casos, essas soluções envolvem a implementação de equipamentos de proteção individual (EPIs), treinamentos constantes e a adequação de processos de trabalho.

Importância da Segurança do Trabalho

A importância da Segurança do Trabalho vai além do cumprimento de exigências legais. Na verdade, ela é uma área que zela diretamente pela integridade física e mental dos colaboradores, o que impacta positivamente a produtividade e o clima organizacional.

Quando uma empresa investe em Segurança do Trabalho, ela está investindo na qualidade de vida de seus colaboradores. Além disso, ações preventivas eficazes reduzem custos com tratamentos médicos, indenizações e processos trabalhistas.

Principais Normas Regulamentadoras (NRs)

No Brasil, a Segurança do Trabalho é regida por diversas Normas Regulamentadoras (NRs), elaboradas pelo Ministério do Trabalho. Essas normas estabelecem requisitos mínimos para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores em diferentes atividades.

As NRs mais relevantes para a Segurança do Trabalho incluem:

  • NR 6: Trata dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que são obrigatórios em várias funções.

    Leia também: https://valorcrucial.com.br/nr-6-o-que-e-epi/
  • NR 9: Define as orientações para Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos. Desde janeiro de 2022, a NR 9 não faz mais referência ao PPRA, mas sim ao Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), que engloba a gestão de todos os riscos ocupacionais, incluindo ergonômicos e de acidentes. O PGR é um processo de melhoria contínua, atualizado conforme as mudanças nos processos de trabalho. Leia também:
  • NR 7: Estabelece o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), focado na saúde dos colaboradores.
  • NR 17: Trata da ergonomia, assegurando que o ambiente de trabalho seja adequado para a saúde física e mental dos colaboradores.

Essas normas são essenciais para que as empresas garantam um ambiente de trabalho seguro e saudável, além de cumprirem todas as exigências legais.

Documentos Obrigatórios em Segurança do Trabalho

Além das NRs, há uma série de documentos obrigatórios que toda empresa deve manter atualizados para garantir a Segurança do Trabalho. Entre eles, estão:

  1. PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos): Substituto do PPRA, o PGR é um programa que identifica, avalia e controla os riscos ocupacionais presentes no ambiente de trabalho, incluindo riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. É um processo dinâmico e contínuo, que deve ser atualizado sempre que houver mudanças nos processos da empresa.

    Leia também: https://valorcrucial.com.br/pgr-programa-de-gerenciamento-de-riscos/
  2. PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional): Um programa voltado para a promoção e preservação da saúde dos trabalhadores, que inclui exames médicos e controle de doenças ocupacionais.
  3. ASO (Atestado de Saúde Ocupacional): Emitido após os exames médicos, o ASO comprova que o trabalhador está apto para realizar suas atividades.
  4. CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho): Documento utilizado para registrar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais.
  5. PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário): Documento que reúne informações sobre o histórico de atividades do trabalhador, especialmente em relação a condições de risco.

Esses documentos são essenciais não apenas para a proteção dos trabalhadores, mas também para que a empresa se mantenha em conformidade com a legislação vigente.

Valorização da Saúde e Segurança do Trabalho – Pesquisa

Em uma pesquisa realizada pela Valor Crucial Treinamentos, envolvendo profissionais da área de Segurança do Trabalho (técnicos, engenheiros, estagiários, designados e membros de CIPA), foi identificado que muitas empresas ainda carecem de um ambiente mais seguro, capaz de proporcionar qualidade vida e segurança aos colaboradores.

Por outro lado, existem empresas que reconhecem a Segurança do Trabalho como um fator estratégico de produção. Essas empresas percebem que investir na área não só motiva os colaboradores, mas também impacta diretamente na produtividade e nos resultados financeiros.

Sendo assim, elas modernizam processos e implementam mudanças que oferecem maior segurança e satisfação aos trabalhadores. Como resultado, elas obtêm um ambiente de trabalho mais seguro, com menos incidentes e maior produtividade.

Satisfação Pessoal e Realização Profissional

Outro ponto relevante destacado na pesquisa foi a satisfação dos profissionais de Segurança do Trabalho. Mais de 50% dos entrevistados relataram que atuar como mediadores em prol da vida dos colegas de trabalho gera um grande orgulho e realização profissional. Para muitos desses profissionais, garantir a preservação da vida e o bem-estar no ambiente de trabalho é uma verdadeira vocação.

Entretanto, a pesquisa também revelou fatores que desmotivam esses profissionais. Entre eles, destacam-se a falta de reconhecimento por parte das empresas, a baixa remuneração e as limitadas oportunidades de crescimento na carreira.

Desafios e Oportunidades na Segurança do Trabalho

Mesmo com os avanços na área, muitos desafios ainda persistem. Algumas empresas ainda veem a Segurança do Trabalho como um “custo” ou um entrave à produção. Essa visão equivocada precisa ser corrigida, pois investir em segurança traz retornos significativos em produtividade e redução de custos com acidentes.

Além disso, a falta de investimento em treinamentos e na modernização de equipamentos continua sendo um problema em diversas empresas. Por outro lado, aquelas que priorizam a segurança dos trabalhadores se destacam em seus mercados, por promoverem um ambiente de trabalho mais saudável e eficiente.

Conclusão

Em suma, a Segurança do Trabalho é fundamental para qualquer empresa que deseja crescer de forma sustentável, valorizando a vida de seus colaboradores e garantindo um ambiente seguro. Ao seguir as normas e legislações vigentes, e ao investir em treinamentos, equipamentos e programas de prevenção, as empresas criam condições favoráveis para a saúde, segurança e bem-estar de seus colaboradores.

Portanto, investir em Segurança do Trabalho é muito mais do que uma obrigação legal; é uma estratégia inteligente para aumentar a produtividade, reduzir custos e promover um ambiente mais harmonioso.

Se você quer saber mais sobre como melhorar a Segurança do Trabalho em sua empresa, confira nossos outros artigos e vídeos e siga a Valor Crucial em nosso canal do Youtube:

Clique Aqui: https://www.youtube.com/c/ValorCrucialEngenhariadeSegurança

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História da Segurança do Trabalho

História da Segurança do Trabalho

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Onde tudo começou…

Antiguidade: Quase totalidade dos trabalhos era desenvolvida manualmente.

  • 2200 AC- Antiga Babilônia “Código de Hamurabi”: punição aos encarregados pelas lesões sofridas pelos trabalhadores…
  • Hipócrates (séc. IV a.C.): fez menção à existência de moléstias entre mineiros e metalúrgicos.
  • Plínio, O Velho (antes da era Cristã): descreveu diversas moléstias do pulmão entre mineiros e envenenamento advindo do manuseio de compostos de enxofre e zinco.
  • Galeno (séc. II): fez referências a moléstias profissionais entre trabalhadores das ilhas do mediterrâneo.
  • Georgius Agrícola e Paracelso investigaram doenças ocupacionais nos séculos XV e XVI.
  • Georgius Agrícola publica em 1556, o livro “De Re Metallica“, onde discute os acidentes do trabalho e as doenças mais comuns entre os mineiros

Vídeo a História da Segurança do Trabalho

Linha do tempo

Pós- 1656

O direito à saúde do trabalhador vem evoluindo desde as primeiras anotações sobre doenças do trabalho e sua relação com o ambiente na Roma antiga e não parou mais.

Segurança do Trabalho no Brasil.

  •  Um marco importante foi a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no país em 1888.
  • A primeira norma trabalhista no Brasil data de 1891, que regulamentou o trabalho dos menores de 12 a 18 anos.
  • Em 1912 foi fundada a Confederação Brasileira do Trabalho (CBT), durante o 4º Congresso Operário Brasileiro.
  • A política trabalhista brasileira toma forma após a Revolução de 30, quando Getúlio Vargas cria o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. A Constituição de 1934 foi a primeira a tratar de Direito do Trabalho no Brasil, assegurando a liberdade sindical, salário mínimo, jornada de oito horas, repouso semanal, férias anuais remuneradas, proteção do trabalho feminino e infantil e isonomia salarial.
  • O termo “Justiça do Trabalho” também apareceu pela primeira vez na Constituição de 1934, e foi mantida na Carta de 1937, mas só foi instalada de fato em 1941.
  • A necessidade de reunir as normas trabalhistas em um único código abriu espaço para Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada em 1943.
  • EM 1966, durante o Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes, realizado em São Paulo, foi oficializada a criação da FUNDACENTRO, e em 1974 foi vinculada ao Ministério do Trabalho.
  • Como vimos à história da legalização de medidas de prevenção de acidentes no Brasil é extensa. Diversas leis de prevencionismo foram elaboradas visando à melhoria das condições dos trabalhadores, mas a principal delas é a Portaria nº 3.214 de oito de junho de 1978 que aprova as Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.
  • Normas Regulamentadoras vêm sendo aprovadas ou readequadas para atender as novas tecnologias e relações de trabalho

Lei também: Normas Regulamentadoras

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Técnico em Segurança do Trabalho – O que as empresas buscam?

Técnico em Segurança do Trabalho – O que as empresas buscam?

Cada vez mais as empresas buscam profissionais mais qualificados no mercado de trabalho, exigindo sempre mais experiência na área de atuação e conhecimento técnico adquirido através de cursos de todos os tipos.

Mas afinal, qual é a função de um técnico em segurança do trabalho?

O técnico em segurança do trabalho é o profissional que atua na elaboração e implementação da política de saúde e segurança no trabalho dentro das empresas de pequeno, médio e grande porte.

Realizando uma busca sobre as principais exigências que as empresas fazem para a contratação de Técnico de Segurança do Trabalho, notamos que as mais comuns são:

  • Participar da elaboração e implementação política de saúde e segurança no trabalho (SST);
  • Realizar auditoria, acompanhamento e avaliação na área;
  • Identificar variáveis de controle de doenças, acidentes, qualidade de vida e meio ambiente;
  • Desenvolver ações educativas na área de saúde e segurança no trabalho;
  • Participar de perícias e fiscalizações;
  • Participar da adoção de tecnologias e processos de trabalho;
  • Gerenciar documentação de SST;
  • Investigar e analisar acidentes e recomendar medidas de prevenção e controle;
  • Atuar conforme definição da Política do Sistema de Gestão Ambiental;
  • Assegurar o atendimento aos objetivos e metas do sistema de gestão Integrada aplicáveis à área;
  • Realizar as tarefas conforme definido nos controles operacionais;
  • Sugerir melhorias nas atividades do setor;
  • Alertar a sua chefia / responsáveis quando observar não conformidades;
  • Trabalhar de acordo com as normas do Sistema de Gestão Integrado e Segurança do Trabalho.

E então surge a dúvida, como um profissional pode ser capaz de cumprir tantas exigências? A resposta é bastante simples: aprimoramento!

A partir do momento que o técnico de segurança do trabalho aprimora os seus conhecimentos maior a qualidade do seu trabalho.

A Valor Crucial Treinamentos apresenta os cursos desenvolvidos a partir da identificação de lacunas nos cursos de Técnico de Segurança do Trabalho.

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Investigação de acidentes

Um técnico em segurança do trabalho deve ter conhecimentos práticos e teóricos em investigação de acidentes, uma vez que essa é a base de sua profissão.

investigação de acidentes está relacionada com a análise sistemática de um evento indesejado que resultou, ou poderia resultar, em lesões às pessoas, danos à propriedade ou perdas no processo.

Além disso, o técnico em segurança do trabalho deve ampliar a compreensão de acidentes do trabalho como fenômenos que são resultados da rede de fatores em interação, que são oriundos de atos e condições considerados inseguros.

Inspeções de segurança, conhecimento da legislação vigente e Normas Regulamentadoras, Campanhas de segurança/ SIPAT, EPIs, seleção de Equipamento de proteção coletiva e medidas de controle…

Cabe ainda ao técnico de segurança do trabalho, aprimorar seus conhecimentos através de cursos que o auxilie a identificar e aplicar medidas de controle contra acidentes.

O Técnico em Segurança no Trabalho trabalha de forma tal que ele possa aplicar em ações prevencionista nos processos produtivos com a ajuda de métodos e técnicas de identificação, avaliação e escalas de prioridades em medidas de controle de riscos de acordo com normas regulamentadoras e princípios de higiene e saúde do trabalho.

A partir de seus conhecimentos em medidas de controle, o técnico de segurança do trabalho deve desenvolver ações educativas na área de saúde e segurança do trabalho. O trabalho de sensibilização e valorização a vida é de suma importância para garantir que os trabalhadores executem suas tarefas de forma consciente e atentos. Orientar os empregados quanto ao uso, higienização e conservação de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Coletar e organizar informações de saúde e de segurança no trabalho. Executar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Investigar, analisar acidentes e recomendar medidas de prevenção e controle.

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Desenvolver e ministrar Treinamentos para Promoção da Saúde

Cabe ao técnico de segurança do trabalho, treinar, desenvolver e conscientizar os colaboradores da empresa que estão sob sua responsabilidade quanto aos riscos inerentes da profissão exercida, e uma das ferramentas são os treinamentos e DDSs com essas equipes.

Considerados como uma das principais preocupações em saúde e segurança do trabalho a proteção auditiva e respiratória têm uma atenção especial. Os programas de Conservação Auditiva e de Proteção Respiratória exigem um treinamentos especifico em todas empresas com necessidade de uso de protetores respiratórios e/ou auditivos. Os cursos  podem ser ministrados pelo técnico de segurança do trabalho e são essenciais para que a empresa esteja de acordo com as exigências das Normas Regulamentadoras.

  • PCA

O curso do Programa de Conservação Auditiva, ou PCA, da Valor Crucial Treinamentos tem como objetivo orientar Técnicos de Segurança do Trabalho, membros de CIPA, profissionais envolvidos com a prevenção de acidentes e doenças do trabalho e colaboradores, quanto ao cumprimento dos requisitos legais da NR1, NR6 e NR7. O curso orienta sobre a legislação vigente, principais riscos a saúde e quanto à seleção, utilização, higienização e conservação do EPI. Podendo ser utilizado diretamente pelos colaboradores ou como apoio para o instrutores.

Desta forma, o profissional estará preparado para ministrar o treinamento de PCA aos empregados orientando-os a respeito da legislação, os principais riscos aos quais eles estão expostos e quanto à utilização, higienização e conservação do EPI para garantir a atenuação adequada dos riscos, evitando doenças relacionadas ao trabalho.

  • PPR

Já o curso do Programa de Proteção Respiratória, ou PPR, da Valor Crucial Treinamentos tem como objetivo orientar Técnicos de Segurança do Trabalho, membros de CIPA, profissionais envolvidos com a prevenção de acidentes e doenças do trabalho e colaboradores, quanto aos requisitos legais da NR1, NR6 e Instrução Normativa Nº 1, de 11 de abril de 1994 do MTE, orienta sobre a legislação vigente, principais riscos a saúde e quanto à seleção, utilização, higienização e conservação do EPI.

Esteja preparado para os desafios da profissão, vidas estão em jogo!

Primeiros Socorros
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Primeiros Socorros Segurança do Trabalho

Primeiros Socorros Segurança do Trabalho

Introdução

Segundo a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, os primeiros socorros são definidos como a prestação e assistência médica imediata a uma pessoa ou uma ferida até à chegada de ajuda profissional.

Esses primeiros socorros não são prestados apenas àquelas pessoas que sofreram algum dano físico por acidente ou de alguma doença, esse atendimento inicial também inclui o apoio psicológico para pessoas que sofrem emocionalmente devido a vivência ou testemunho de um evento traumático.

Esse artigo tem como objetivo servir como material de apoio e revisão para aqueles que fizerem o curso de Primeiros Socorros e principalmente orientar pessoas que não estão diretamente ligados à assistência à saúde e que desejam conhecimento para, se necessário, atuar na primeira abordagem de uma vítima de acidente, prestando os primeiros socorros. Se você não estiver familiarizado com o curso de primeiros socorros e não estiver seguro para ajudar, não faça nada para piorar o quadro. Ligue imediatamente para o 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU) e/ou o 193 (Corpo de Bombeiros). Antes de prestar assistência, verifique se o local é seguro para o socorrista e a vítima.

MANOBRAS EM PRIMEIROS SOCORROS

Suporte Básico de Vida (SBV) – Técnica para reanimação cardiorrespiratória

É um conjunto de medidas e procedimentos técnicos com o objetivo de manter o suporte de vida à vítima até a chegada da equipe de emergência.

Caso encontre uma pessoa deitada no chão ou presencie um desmaio, verifique se a vítima está consciente e está respirando.

Se a vítima não responde e não está respirando, você deve:

  1. Pedir para alguém chamar pelo serviço médico de emergência (SAMU – 192) e iniciar imediatamente a massagem cardíaca. Se estiver sozinho e não estiver com celular, deixe a vítima, acione o 192 e depois comece a massagem cardíaca. Se o local dispõe de desfibrilador externo automático (DEA), peça a alguém para trazê-lo para próximo da vítima.
  2. Coloque a pessoa deitada de costas em uma superfície dura e plana.
  3. Se o peito estiver coberto, descubra-o.
  4. Ajoelhe-se ao lado da vítima. Faça a massagem cardíaca com as duas mãos na metade inferior do esterno (ao nível da linha dos mamilos), faça compressões contínuas a uma frequência de 100 a 120 vezes em um minuto, afundando o tórax em cerca de 5 cm. Espere o retorno total do tórax após cada compressão.
  5. Os braços do socorrista devem permanecer estendidos, com as articulações dos cotovelos retas, transmitindo ao esterno da vítima a pressão exercida pelo peso dos seus ombros e tronco. Certifique-se de que os seus ombros estão acima do centro do tórax da vítima;
  6. Faça as compressões até que o serviço médico de emergência chegue ao local.

Para o desfibrilador externo automático (DEA) siga as instruções do equipamento.

Primeiros socorros fratura

Caso você esteja próximo de uma vítima de fratura, que são resultados de acidentes que podem levar a quebra de ossos, incapacidade de movimentos, inchaço e, algumas vezes, deformidade, você precisa, calmamente, observar se existem mais ferimentos e se há sangramentos, em seguida entre em contato com o SAMU – 192.

Alguns cuidados devem ter tomados:

  1. Manter o órgão afetado em repouso, numa posição natural e confortável;
  2. Em caso de fratura exposta, deve-se cobrir o ferimento, de preferência com gaze esterilizada ou um pano limpo. Nunca tente imobilizar a região, recolocando a parte do osso ou a sua ponta que ficou para fora no local certo.
  3. Se possível, acolchoar dos dois lados da região machucada, com algodão ou pano macio.
  4. Se houver sangramento intenso, é necessário fazer compressão na região com panos limpos.
  5. Aguardar o auxílio médico. Caso não seja possível, recomenda-se levar a vítima para o pronto-socorro mais próximo. No transporte até o hospital, evite quaisquer movimentos.

Primeiros socorros Infarto

Os primeiros socorros para uma vítima de infarto agudo do miocárdio pode ajudar a minimizar as sequelas, ou até mesmo salvar a vida da pessoa que sofre o episódio. Para isto é preciso identificar os sintomas, acalmar e deixar a vítima confortável, chamar uma ambulância, ligando para o SAMU – 192.

Uma pessoa que sofre um infarto pode apresentar os seguintes sintomas:

  • Dor no peito, tipo queimação ou aperto, que pode irradiar para os braços ou para a mandíbula, intensa ou dura mais que 20 minutos;
  • Enjoo ou vômito;
  • Suor frio;
  • Falta de ar;
  • Palpitações;
  • Tontura e desmaio.

Enquanto o resgate não chega ao local, você ainda pode:

  • Conversar com a vítima para tranquilizá-la;
  • Desapertar a roupa para que ela fique mais à vontade;
  • Se a vítima desmaiar e ficar inconsciente (não responder) e não estiver respirando, siga os procedimentos de primeiros socorros de Suporte Básico de Vida que já foi ensinada nesse post.

Primeiros socorros convulsão

As crises de convulsões são episódios no qual o indivíduo perde a consciência com desmaio e em seguida, tem-se o início de um período de tremores por todo o corpo com contração e relaxamento muscular. As convulsões ocorrem devido a uma má comunicação entre os neurônios no cérebro e podem estar relacionadas com a epilepsia, entre outras doenças.

Os primeiros socorros para as vítimas de convulsões são:

  • Deixar a vítima deitada no chão e dar espaço para que respire;
  • Afastar objetos que possam machucar a vítima, como mesas e cadeiras;
  • Colocar a vítima de lado ou, se não for possível, colocar a cabeça dela de lado, sem forçar;
  • Retirar próteses dentárias e outros objetos que possam dificultar a respiração;
  • Nunca tente puxar a língua.
  • Ficar junto da vítima até que ela recupere a consciência.

Primeiros socorros choque elétrico

Os primeiros socorros para vítimas de choque elétrico são essenciais para que os danos à saúde e até mesmo a morte dessa pessoa seja evitada.

Dentre os primeiros socorros relacionados ao choque elétrico, os principais são:

  1. Corte ou desligue a fonte de energia, mas não toque na vítima;
  2. Afaste a pessoa da fonte elétrica que estava provocando o choque, usando materiais não condutores e secos como a madeira, o plástico, panos grossos ou borracha;
  3. Chame uma ambulância, ligando para o SAMU – 192;
  4. Se a vítima estiver inconsciente, siga os procedimentos de primeiros socorros de Suporte Básico de Vida.

Leia também: Risco Elétrico

Cursos de Primeiros socorros

Noções básicas de primeiros socorros são fundamentais, podendo inclusive salvar a vida ou reduzir a chance de sequelas da vítima que requer essa atenção imediata.

O curso de primeiros socorros tem como objetivo central capacitar o colaborador à identificar situações de emergências e realizar técnicas básicas de suporte à vida segundo as diretrizes da American Heart Association (AHA).

Você já fez seu curso de primeiros socorros? E os colaboradores de sua empresa estão capacitados para socorrer alguma vítima de acidente ou de doenças no ambiente de trabalho?

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Linha de vida NR 35

Linha de vida NR 35

Linha de vida ou a Linha da Vida?

Leia também: Trabalho em Altura

Um dos principais fatores para o sucesso de uma empresa certamente envolve a segurança do trabalho, isso, não exclusivamente, porque sem ela a saúde e qualidade de vida de seus funcionários poderão ficar em risco, mas também a falta de cuidados com o trabalhador em SST vai transmitir a mensagem de uma empresa que não se preocupa com seus colaboradores, prejudicando a identificação entre o trabalhador e a empresa e consequentemente sua dedicação e empenho.

Entretanto, mesmo com os avanços da tecnologia, dos equipamentos de segurança e uma série de normas, o Brasil é o quarto país no mundo em acidentes relacionados ao ambiente de trabalho.

Um exemplo de equipamento de segurança do trabalho que é essencial, mais especificamente, para trabalho em altura, é a linha de vida ou linha de ancoragem. Você já ouviu falar desse equipamento, certo? Sabe se ele esta sendo utilizado da forma correta? Quer saber mais sobre a linha de segurança? Continue acompanhando esse post.


Linha de vida NR 35 – Sumário


O que é a linha de vida?

Muito comumente usada, quando não é possível a instalação de barreira física que impeçam a queda, a linha de vida nada mais é do que uma instalação de cabo de aço, fitas ou corda, que fica conectado ao cinto de segurança e as ancoragens, e tem como objetivo permitir que o trabalhador realize seu trabalho em altura com plena segurança.

Para pessoas que executam trabalho em altura, com risco de queda igual ou superior a 2 metros, é fundamental que a empresa forneça o cinto de segurança e meios de ancorar o cinto para que assim o cinto possa exercer sua função: evitar a queda, ou, reduzir os danos no caso de um eventual acidente.

O ponto de ancoragem é o ponto/local que o sistema de proteção  contra quedas é fixada. O cinto de segurança é ancorado na linha de vida que por sua vez é ancorado, normalmente, na estrutura do edifício, no ponto de ancoragem.

Infelizmente, muitas vezes vemos empresas fornecerem os cintos de segurança e treinamento sem preparar as áreas onde há risco de queda com os devidos pontos de ancoragem do cinto de segurança. O cinto de segurança sem estar ancorado é apenas um macacão desconfortável!

A Norma Regulamentadora 35, em seu Anexo II, bem como a NBR 16.325/2014 – Proteção Contra Quedas em altura – Dispositivos de ancoragem, estipulam que ela deve ser instalada em pontos de ancoragem previamente dimensionados e determinados por profissional legalmente qualificado. Com isso, o colaborador têm a liberdade e a confiança para se movimentar em toda a sua extensão com a devida proteção contra uma eventual queda.

A linha de vida é considerada um Equipamento de Proteção Coletiva – EPC, e deve ser utilizado sob a supervisão de um técnico em segurança do trabalho, pois, dessa forma, a segurança do trabalhador é garantida.

A linha de segurança, portanto, é utilizada por empresas, mais comumente por aquelas que atuam na construção civil, sendo indicada para a execução de trabalhos em altura em que não exista outra forma de proteção coletiva, como por exemplo, trabalhos em telhados, trabalhos de arremates, concretagem, manutenção de fachadas, entre tantos outros.


Instalação da Linha de Vida?

O tipo de linha de vida que deve ser utilizada é definido em função do seu uso em relação ao tempo, carga a ser suportada, serviço a ser executado e conforto do trabalhador. É dimensionado por profissional legalmente habilitado em dimensionamento de cargas, como o Engenheiro Civil e o Engenheiro Mecânico, normalmente com conhecimentos em segurança do trabalho.

Este profissional irá analisar o ambiente e o trabalho que sera realizado, indicar o equipamento correto, o procedimento de instalação, garantindo segurança a equipe de montagem, e emitir a Anotação de Responsabilidade Técnica. Os futuros trabalhadores devem ser preparados para a correta utilização a partir das orientações do Responsável Técnico.


Tipos de linhas de vida

  • Linha de vida Móvel e Linha de vida fixas

As linhas de vida móvel horizontal e vertical, são aquelas que podem ser montadas e desmontadas, ou ainda movimentadas de seus pontos de utilização pré-determinados, essa forma de linha de vida deve possuir ancoragens seguras assim como as linhas fixas, e demandam atenção de um especialista em cada instalação uma vez que são constantemente realocadas.

A linha de vida móvel, tanto horizontal quanto vertical, são fundamentais para o desenvolvimento de uma obra, isso porque à medida que a obra avança, o posicionamento da linha de vida pode ser modificada, já que ela pode ser montada e desmontada de acordo com a necessidade da obra.

  • Linha de vida fixa horizontal ou vertical

Outro tipo de linha de vida é a fixa, que também pode ser horizontal ou vertical. A linha de vida fixa é aquela que é utilizada em atividades no ambiente de trabalho que não terá alterações em seu posicionamento, como por exemplo, uma linha de vida de uma escada vertical de um silo.

As linhas de vida devem possuir certificado do fabricante e de instalação. É comum a instalação ser realizada pelo fabricante ou empresa especializada.


PCMAT – NR18

Os empreendimentos da indústria da construção que necessitam de PCMAT, devem possuir projeto de dimensionamento e instalação da linha de vida, como parte do Programa de Condições e meio Ambiente de Trabalho na Indústria de Construção, devido a exigência da Norma Regulamentadora 18 de projeto para todos os EPCs, equipamentos de proteção coletiva.


Linha de vida para telhado

Referente a linha de vida para trabalho em telhado, a NR 18 orienta que a fixação da ancoragem deve ser realizada em estrutura definitiva da edificação.

Vale ressaltar que, o uso de linha de vida para telhado segue as determinações da NBR 16.325 – proteção contra quedas de altura.

Esse tipo de linha de vida foi desenvolvida para trabalhos em alturas, com diversas finalidades, tais como:

  • Limpeza de telhado
  • Limpeza de chaminés
  • Manutenção de telhado (troca de telhas)
  • Limpeza de calhas de telhados

O recomendado é que o trânsito de pessoas sobre telhados de cobertura frágil, seja realizado preferencialmente em passarela de alumínio, mais leve, podendo ser utilizada tábuas de madeira, dessa forma, o peso do trabalhador não ficará apenas sob seus pés, reduzindo assim, as possibilidades de rompimento da cobertura do telhado. O cinto de segurança ancorado não interfere nesta recomendação, pois, neste caso, o cinto de segurança não evita o acidente apenas reduz sua gravidade.

Leia Também: Valorização da Saúde e Segurança do Trabalho

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Segurança do Trabalho na Construção Civil

Acidentes do Trabalho na Construção Civil – Dados

Acidentes do Trabalho na Construção Civil – Dados

Segundo o MTE, em 2000, a construção civil brasileira, possuía a segunda colocação no número de acidentes de trabalho, totalizando 25.429 casos. Atrás apenas da prestação de serviços, que apresentou 26.978 casos.

Leia também: CAT – Comunicado de Acidente do Trabalho

A construção civil é o setor que registrou ainda o maior número de óbitos em acidentes de trabalho no país, totalizando 13%.

Mesmo sendo a Construção Civil o setor da economia responsável pela criação e manutenção de grande número de empregos diretos e indiretos no Brasil, o descaso com os trabalhadores continua gerando elevados índices de acidentes de trabalho.

A construção civil é um segmento caracterizado pela precariedade na qualificação da mão de obra e pela não continuidade do processo industrial. Há a mobilização e desmobilização das equipes a cada obra executada.

Esta situação vivida pelo setor pode resultar no comprometimento da integridade física do trabalhador e acidentes. Estes são grandes desafios encontrados pelos técnicos de segurança do trabalho na construção civil.

Sabe-se que os acidentes de trabalho na construção civil podem ser causados por 2 fatores primordiais:

  • A falta de campanhas de conscientização e de treinamento do empregado, garantindo assim, a utilização dos EPI’s de forma adequada e durante todo o tempo laboral;
  • O empregador não seguir as Normas Regulamentadoras, que exigem a supervisão do trabalho de toda equipe, assim como, a utilização e fornecimento dos equipamentos de proteção coletiva e individual adequados.

O Acidente de Trabalho na Construção Civil

Leia também: Investigação de Acidente do Trabalho

O acidente de trabalho ocorre pelo exercício de trabalho a serviço da empresa podendo provocar lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte, perda ou redução da capacidade para o trabalhador permanente ou temporária.

Em 2012, o Brasil registrou 705.239 acidentes de trabalho, sendo 22.330 relacionados ao setor da construção de edificações. O índice apresenta uma pequena redução se comparado ao ano anterior, quando foram notificados 22.382 acidentes na área.

Apesar do constatado crescimento, Haruo Ishikawa, vice-presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), disse que esse aumento é inferior à expansão do setor.

“Em 2006, a Construção Civil tinha 1,6 milhão de funcionários com carteira assinada. Em 2013, esse número tinha praticamente dobrado para 3,5 milhões”.

Apontou ele ao justificar que os aumentos dos acidentes nas obras não foram “tão substanciais”.

A prevenção dos acidentes deve ser realizada através de medidas gerais de comportamento, eliminação de condições inseguras e treinamento dos empregados, devendo o uso dos EPI’s e EPC’s serem obrigatórios, havendo fiscalização em todas as atividades, sendo os empregados treinados quanto ao seu uso correto.

As tarefas devem ser previamente avaliadas, os riscos e os padrões de trabalho identificados e todos devem ser responsáveis pela segurança e prevenção dos acidentes.

Entre as medidas adotadas pela empresa estão a distribuição de Equipamentos de Proteção Individual, como luvas, capacetes, cintos, botinas e máscaras; a capacitação de funcionários por meio de cursos e palestras; além de fiscalização constante pelos técnicos de segurança e mestres de obra.

A Legislação em Defesa da Segurança na Construção Civil

Os primeiros passos para a implantação da Segurança no Trabalho se deu na Constituição de 1934, quando estabeleceu como direito do trabalhador, a assistência médica e sanitária.

No segundo momento, tratava a Constituição de 1937, como norma que a legislação do trabalho deveria observar, da assistência médica e higiênica a ser dada ao trabalhador.

A Constituição de 1946, no inciso VII do artigo 157, mencionava que os trabalhadores teriam direito à higiene e segurança do trabalho. A Lei nº 5.161, de 1966, criou a Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene do Trabalho.

Foi elaborada também a Norma Regulamentadora nº 18, ou NR18, no qual ela estabelece que diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.

Nela consta ainda que é vedado o ingresso ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras, sem que estejam assegurados pelas medidas previstas nesta NR e compatíveis com a fase da obra.

Dessa forma, os principais objetivos da NR18 são:

  • Garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores;
  • Definir atribuições e responsabilidades às pessoas que administram;
  • Fazer previsão dos riscos que derivam do processo de execução de obras;
  • Determinar medidas de proteção e prevenção que evitem ações e situações de risco;
  • Aplicar técnicas de execução que reduzem ao máximo os riscos de doenças e acidentes.

O Direito do Trabalhador na Construção Civil

A Constituição Federal Brasileira estabelece em seu artigo 7º, inciso XXVIII, que são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
Treinamentos

Treinamento

É de suma importância que toda a equipe que está trabalhando no canteiro de obras receba o treinamento adequado tanto para a execução de suas tarefas, quanto para o uso de EPIs e EPCs, essa é a maneira mais eficiente de evitar acidentes durante o trabalho na construção civil.

Entretanto, assim como a equipe que está atuando no canteiro de obras, o técnico de segurança do trabalho também precisa permanecer em constante treinamento, para que assim, ele possa dar as instruções de segurança necessária para a equipe que está sob seu comando.

O técnico de segurança do trabalho deve estar apto para orientar, treinar e preparar a equipe que está no canteiro de obras, para o desenvolvimento de seu trabalho seja realizado de forma eficiente e principalmente, segura.

Pensando nisso, a Valor Crucial possui uma série de cursos que pode auxiliar o engenheiro ou o técnico de segurança do trabalho a aprimorar os seus conhecimentos, como por exemplo, o Curso de Investigação de acidentes de trabalho que orienta o profissional a entender melhor a dinâmica dos acidentes para que ele possa ser evitado.

Capa da aula 1 do curso de EPI
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EPI Equipamento de Proteção Individual

EPI Equipamento de Proteção Individual

Você sabe a definição de EPI?

“2. EPIs – Equipamentos de Proteção Individual são dispositivos ou produtos, de uso individual, a serem utilizados pelo trabalhador, destinados à • proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho, quando as medidas de ordem coletiva e/ou administrativas não sejam suficientes para eliminar ou minimizar os riscos a que estão expostos os trabalhadores.”

NOTA TÉCNICA No. 146 /2015 /CGNOR /DSST /SIT Ministério do Trabalho e Emprego


Neste artigo você vai aprender tudo sobre os EPI – Equipamentos de Proteção Individual, muito além do conceitos e equipamentos. Abaixo você pode clicar nos links para ir direto ao ponto que te interessa

Conheça nosso curso de EPI para atendimento a NR 6: https://valorcrucial.com.br/curso-de-epi/

EPI Equipamento de Proteção Individual – Sumário


Tudo o que você precisa saber sobre os EPIs

O uso dos EPIs é determinado pela Norma Regulamentadora número 6, ou NR-6.

“A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;

b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,

c) para atender a situações de emergência”.

Na busca pela segurança do trabalho em todos os ambientes de trabalho devemos seguir uma escala de prioridades. A escala de prioridades em segurança do trabalho têm o EPI como seu último item, sendo assim, deve ser a ultima opção, dentre as medias de controle. Como diz a nota técnica do MTE  “quando as medidas de ordem coletiva e/ou administrativas não sejam suficientes para eliminar ou minimizar os riscos a que estão expostos os trabalhadores”.


Quando Utilizar EPI – Equipamento de Proteção Individual

A escala de prioridades está dividida em seis diferentes ações:

  • Controle de Engenharia (Eliminação do Risco);
  • Sistemas de Duplo Comando;
  • Equipamento de Proteção Coletiva;
  • Sistemas de sinalização sonoro, luminoso ou barreira física;
  • Controles e sistemas administrativos;
  • EPI.

A efetividade do EPI depende da sua correta utilização, pelo trabalhador, por este motivo ele é a ultima opção entre as medidas de controle.

A importância do EPI para a segurança do trabalho não pode ser reduzida, apesar de ser a ultima das prioridade. Como sabemos, o EPI é amplamente utilizados em diversas atividades e situações e deve ser implementado em conjunto com outros medidas de segurança.

Normalmente o EPI não evita a ocorrência indesejada, mas reduz os danos.

Nesse artigo, serão apresentadas mais informações que você precisa saber sobre os EPIs. Continue acompanhando.


Escolha do EPI

A escolha do EPI adequado ao risco deve ser realizada pelo:

  • Serviço especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT;
  • Comissão Interna de Prevenção de AcidentesCIPA, nas empresas desobrigadas de manter o SESMT;

Nas empresas desobrigadas de manter CIPA, cabe ao empregador, mediante orientação técnica, fornecer o EPI adequado.

Os Equipamento de Proteção Individual deve ser:

  • Eficaz
  • Prático
  • Robusto
  • Cômodo
  • De fácil limpeza e conservação

A seleção deverá levar em conta:

  • Os riscos a que estão expostos os trabalhadores;
  • As condições do ambiente de trabalho;
  • A parte do corpo a ser protegida;
  • As características fisiológicas do trabalhador;
  • Durante a implantação da medidas de proteção coletiva;
  • Sempre que as medidas de proteção coletiva não estiverem funcionando.

Benefícios ao se utilizar os EPIs

Benefícios para as empresas

Apesar da exigência do uso de EPIs ser uma obrigação da empresa, quando assim determinado pela segurança do trabalho, ele também traz benefícios.

O EPI é uma medida de segurança de rápida implementação e de efeito imediato. Devido a essas características é  amplamente indicada durante a implementação de outras medidas de controle.

Outro benefício para as empresa é demonstrar a seus empregados sua preocupação quanto a saúde e segurança dos mesmo em suas atividades.

Por fim, o EPI pode trazer economias de diferentes formas para a empresa:

  • Evitando a interrupção da atividade enquanto outras medidas de controle estão sendo implementadas em situações de riscos grave e eminente;
  • Evitando doenças ocupacionais;
  • Reduzindo danos em casos de acidentes;
    • A produtividade é preservada, já que com mais segurança no ambiente de trabalho, as chances da produção ser interrompida devido a acidentes é menor.
  • Eliminando situações insalubres e assim cessando o pagamento do adicional de insalubridade.

Benefícios para os empregados

Por sua vez, os benefícios do uso de EPIs para os funcionários se dá pela proteção de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho.


Obrigações das Empresas

  • Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
  • Exigir seu uso;
  • Fornecer gratuitamente e este deverá possuir certificado de aprovação (CA);
  • Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
  • Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
  • Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada no EPI;
  • Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica.

Vale ressaltar ainda que, os EPIs, obrigatoriamente, devem ser usados durante toda exposição do trabalhador aos riscos, de acordo com as determinações existentes na empresa.

No caso da empresa não fornecer os EPIs corretamente, incluindo os treinamentos necessários, ou simplesmente não registrar as entregas, e houver um processo trabalhista, provavelmente a causa será ganha pelo funcionário.

Porém no caso da empresa disponibilize os EPIs e o funcionário se recusar a utilizar, a empresa deve tomar as devidas providencias e registra-las. Como vimos, é obrigação da empresa exigir o uso correto do EPI, caso contrário, será considerada negligente.


Responsabilidades do trabalhador:

  • a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
    responsabilizar-se pela guarda e conservação;
  • b) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
  • c) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

CA – Certificado de Aprovação MTE

Segundo a NR-6, todo EPI, independentemente se fabricado no Brasil ou importado, só será considerado EPI, perante a lei, se possuir Certificado de Aprovação, o CA.

Para que essa certificação ocorra, é preciso que o EPI seja submetido a uma série de testes específicos que irão avaliar sua qualidade.

Apenas após esses testes, o EPI receberá a certificação e poderá ser comercializado e utilizado como EPI.

“3. Para que um determinado produto possa ser considerado equipamento de proteção individual – EPI, há necessidade de obtenção do Certificado de Aprovação-CA, emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Somente serão considerados EPI para fins de emissão de CA aqueles equipamentos listados no Anexo I da Norma Regulamentadora (NR) 06, que dispõe sobre os equipamentos de proteção individual, conforme determina o item 6:4:

6.4. Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores o; EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR. (grifo nosso)”

NOTA TÉCNICA No. 146 /2015 /CGNOR /DSST /SIT Ministério do Trabalho e Emprego

O número do CA dos EPIs deve ser encontrado em todos os equipamentos, pois, só assim a empresa e empregado terão a garantia que o EPI atende as especificações exigidas.

Observação importante:

“4. Outros equipamentos ou produtos também podem ser destinados à proteção do trabalhador e indispensáveis à execução de suas tarefas, porém, se não listados no Anexo I da NR-06, serão considerados somente produtos de segurança para o trabalho, sem certificação do MTE, não lhes sendo aplicável a designação “equipamento de proteção individual”. Configuram dentre estes, por exemplo, os cremes de proteção solar e alguns tipos de Vestimenta, indispensáveis para à execução segura do trabalho, porém, não certificados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.”

NOTA TÉCNICA No. 146 /2015 /CGNOR /DSST /SIT Ministério do Trabalho e Emprego


Quanto custa o CA do EPI? (Curiosidade!)

Não existem taxas ou custos para o fabricante ou importador para que o CA do EPI seja emitido junto ao Ministério do Trabalho. Por outro lado, o Ministério do Trabalho não realiza a emissão do CA do EPI sem que haja o laudo que comprove a qualidade dos EPIs. Os laudos são fornecidos apenas pelos laboratórios credenciados que realizam os testes exigidos. Por sua vez, os testes não são realizados gratuitamente pelos laboratórios, sendo assim, é de responsabilidade do fabricante ou do importador arcar com os custos dos ensaios laboratoriais.


A validade do CA é a mesma do EPI?

O prazo de validade do CA é determinado pelo Ministério do Trabalho, sendo o prazo máximo de cinco anos. Essa validade permite que o fabricante ou importador comercialize um determinado EPI por um tempo preestabelecido. Se o EPI sofrer qualquer tipo de modificação o fabricante ou importador deve solicitar um novo CA, pois, o anterior torna-se inválido.

A COMPRA de EPI com CA vencido torna o empregador desprotegido judicialmente em caso de acidente.

Qualquer produto tem um prazo de validade, e com os EPIs não poderia ser diferente. O prazo de validade do EPI é a data limite para que ele possa ser UTILIZADO com segurança, e é determinado pelo fabricante.

Sendo assim, a validade do CA e do EPI são diferentes, já que, a validade do CA é para a sua comercialização e a validade do EPI é para sua utilização.

Resumindo: Um EPI com CA invalido não pode ser comercializado, enquanto que um EPI fora do seu prazo de validade não pode ser utilizado, em outras palavras, o equipamento pode ser usado até o dia da validade, desde que adquirido dentro do prazo de validade do CA.


Ficha de Entrega de EPI

A NR 6 em seu item 6.6.1 regulamenta o sistema de registro de entrega de EPI.

  • 6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:
    • h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

O registro de entrega do EPI para o empregado é uma ferramenta de defesa para o empregador, pois, caso haja processo judicial,  a empresa pode comprovar que forneceu o equipamento necessário para o colaborador. Além disso, quando a empresa é submetida a auditoria fiscal do Ministério do Trabalho, sempre é solicitado as fichas de EPIs devidamente preenchidas. O não fornecimento dessa documentação pode causar sérios problemas para a empresa que está sendo auditada.


Treinamento de EPI NR 6

A NR-6 determina que é obrigatório que o empregador ofereça ao trabalhador o devido treinamento para uso de EPI. O objetivo é capacitá-lo e orientá-lo quanto ao uso correto do equipamento e sensibiliza-lo quanto a importância de sua utilização.  O treinamento também devo orientar quanto ao armazenamento e conservação dos equipamentos, para que suas características sejam preservada.

Para assegurar o atendimento as norma é necessário fornecer, treinar, inspecionar, monitorar e gerenciar o uso dos EPI.

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Alguns EPIs

Bota de Segurança

A bota de EPI protege o trabalhador de acidentes no ambiente de trabalho, tais como:

  • Queda de materiais em cima do pé, que possa causar esmagamento, quebra e dilaceração do membro.
  • Queda em piso molhado, pois, a bota de EPI possui um solado que evita que o usuário escorre e se machuque gravemente.
  • Proteção contra descargas elétricas, uma vez que a matéria-prima usada na confecção da bota de EPI é um isolante.
  • Proteção contra queimaduras provocadas por produtos químicos.
    Proteção contra acidentes causados por pregos, arames, cacos de vidros e outros. Pregos podem causar tétano, que por sua vez, pode levar a uma amputação ou até mesmo a morte. Já os cacos de vidro pode causar lesões graves, como o corte de um nervo do pé, levando a deficiente de movimento do membro atingido.
  • Proteção contra choques em superfícies duras, evitando que lesões graves possam ocorrer.

Óculos de Segurança

De acordo com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), no Brasil são registrados todos os anos cerca de 150 mil casos de acidentes oculares relacionados ao ambiente de trabalho.

Os óculos de proteção, óculos de segurança ou óculos de EPI, são equipamentos fundamentais para que o trabalhador tenha seus olhos protegidos durante as atividades no ambiente de trabalho. Esse EPI é utilizado em diversas atividades profissionais, tais como:

  • Trabalhadores que manejam solda;
  • Trabalhadores que manejam vidro;
  • Trabalhos que envolvem produtos químicos;
  • Trabalhos com madeira;
  • Trabalhos médicos;
  • Realização de diagnósticos laboratoriais;
  • Manipulação de aço;
  • Manipulação de materiais biológicos;
  • Trabalhos que envolvem a radiação ultravioleta, entre muitos outros.

O empregador precisa conhecer o tipo de óculos de segurança que mais se enquadra na função que seus colaboradores irão desempenhar, para reduzir ao máximo as lesões e acidentes que podem ocorrer.


Capacete de Segurança

Segundo a NR-6, do Ministério do Trabalho e do Emprego, em seu item 6.6.1.d, “os capacetes de segurança, assim como quaisquer outros equipamentos de proteção individual (EPIs), devem ser utilizados por pessoas treinadas para a utilização, aplicação, inspeção, limpeza, manutenção e armazenamento corretos, uma vez que o uso incorreto deste produto pode causar sérios danos ou mesmo riscos de morte”.

Os capacetes de segurança são fundamentais para a proteção da cabeça e crânio dos trabalhadores, região esta vital.

Porém o capacete não protege o trabalhador apenas da quedas de objetos mas também de lesões no rosto, pescoço e ombros, quando da utilização de esquipamentos específicos. Os EPI conjugados, como exemplo o capacete com protetor auricular acoplado, devem possuir o mesmo CA.

Os capacetes também so utilizados para a proteção de queimaduras, choques elétricos, respingos ou vazamento de algum produto químico.

Os capacetes de segurança são divididos em duas classes:

  • Classe A: Não se aplicam a trabalhos com energia elétrica
  • Classe B: Se aplicam a trabalhos com energia elétrica

Os capacetes são formados por três componentes básicos, a carneira/suspensão, a jugular e o casco.

  • A caneira/suspensão é a parte do capacete que pode ser ajustada na cabeça do usuário, a sua função é proteger que o casco entre em contato com cabeça da pessoa.
  • A jugular impede que o capacete caia da cabeça do usuário.
  • Já o casco, que fica apoiado na suspensão, tem como objetivo evitar que o objeto atinja a cabeça do trabalhador.

Existe uma série de modelos de capacetes de segurança, sendo que cada variação de modelo apresenta uma função diferente. Os principais tipos de capacetes são:

  • Capacete de proteção tipo aba total
  • Capacete de proteção tipo aba frontal
  • Capacete de proteção tipo sem abas

Cinto de Segurança

Segundo a NR 35, o trabalho em altura “é toda atividade executada acima de 2 metros do nível inferior, onde haja risco de queda.

Os EPIs utilizados pelo profissional que realiza trabalha em altura devem ser selecionados com atenção, deste modo, deve-se levar em consideração os seguintes fatores:  conforto, carga aplicada, local e tipo de ancoragem e o fator de segurança em caso de queda.

Leia também: Linha de Vida

Além do cinto de segurança, outros equipamentos compõem o sistema anti-queda como:

  • a linha de vida;
  • o trava quedas;
  • talabarte;
  • mosquetão.

Cinta Lombar

O ato de carregar peso e se movimentar intensamente no ambiente de trabalho pode, muitas vezes, oferecer riscos principalmente para a saúde da coluna do trabalhador, tornando esse colaborador incapacitado de realizar as suas atividades profissionais. Para que isso não ocorra, é importante que o colaborador use a cinta lombar. Os profissionais que mais sofrem com esse tipo de lesões são só carregadores, construtores eletricistas ou ligados a atividades que demandem grande esforço na região da coluna, seja por peso ou então repetição de movimentos.

Vale a pena lembrar que esse não é um EPI propriamente dito, dessa forma, não tem o Certificado de Aprovação (CA).

A maior vantagem em seu utilizar a cinta lombar é que ela tem a capacidade de se adequar ao corpo do trabalhador, deixando-o confortável e contribuindo para que haja estabilidade nos movimentos na área da coluna.

Dentre as vantagens do uso da cinta lombar, destacam-se:

  1. Cintas lombares aumentam a rigidez do tronco e assim reduzem a exigência de forças musculares;
  2. Cintas lombares aumentam a eficácia da pressão abdominal e aliviam as forças sobre as unidades de movimento dorsais;
  3. Cintas lombares restringem a mobilidade do tronco e assim forçam o indivíduo a assumir uma “postura mais correta” durante o levantamento de cargas.
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Mapa de Risco

Mapa de Riscos

O Que é Mapa de Riscos

Mapa de riscos é uma representação gráfica que, por meio de círculos de diferentes cores e tamanhos, representam diferentes riscos existentes na empresa e em cada ambiente de trabalho.

Mapa de Riscos e a Segurança do Trabalho

Antes de aprender a elaborar o Mapa de Riscos, precisamos entender para que servem os mapas de risco. A princípio, o objetivo principal do mapa de risco é informar e lembrar os trabalhadores, de forma clara e visual, os riscos existentes no ambiente de trabalho.

É sempre importante que o mapa de riscos seja fixado em local de fácil acesso e visualização, dessa maneira, os frequentadores dos diferentes ambientes serão informados dos riscos aos quais estão expostos.


Mapa de Risco – Sumário


Mapa de riscos e a CIPA

Quem elabora o Mapa de Riscos? De acordo com a legislação atual da NR 5, ultima atualização 2023, quem deve elaborar o Mapa de Risco é o SESMT com o acompanhamento da CIPA ou do Designado CIPA. Quando não houver SESMT

Para que serve o Mapa de Riscos?

A elaboração do Mapa de Riscos faz com que a empresa reúna informações importantes, uma vez que, funciona como um diagnóstico da situação atual de segurança e saúde no ambiente de trabalho. Da mesma forma estimula a troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, a CIPA e o SESMT.

Em outras palavras, o mapa de riscos tem como função:

  • Estimular Análise de Risco do Trabalho (ART)
  • Incentivar a participação de todos nas atividades de prevenção
  • Divulgar e alertar quanto aos riscos existentes em cada ambiente de trabalho.

Mapa de Riscos e a Análise de Riscos

A elaboração do Mapa de Riscos tem como ponto inicial a Análise de Risco.

A partir da Análise de Riscos, não apenas se  identifica os riscos existentes, como também  se define os diferentes níveis de riscos. Para definir os níveis de riscos são confrontadas as probabilidades e as consequências dos possíveis danos.

Análise de Riscos Segurança do Trabalho

A Análise de riscos é de suma importância para a segurança do trabalho. Conforme a  NR1 é de responsabilidade do empregador elaborar as ordens de serviços, por meio do qual os trabalhadores devem tomar ciência dos riscos em suas atividades.

Para desenvolver programas como o PGR (Programa de Gerenciamento dos Riscos) presente na NR-1 tem seus desenvolvimentos realizado a partir da análise de risco.

A análise de risco influencia e orienta o médico do trabalho na elaboração do PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), presente na NR7.

Outras situações e NRs que utilizam a análise de riscos:

Classificação dos Riscos

Os riscos são subdivididos em 5 categorias principais:

Leia também os artigos: Risco Biológico / Risco Químico / Risco Ergonômico

Tipos de Riscos

Todos os possíveis riscos devem estar presentes no mapa de riscos, posto que, a omissão pode acarretar em um redução na percepção de risco e consequentemente possíveis acidentes ou doenças.

Riscos Físicos
  • Os riscos físicos no ambiente de trabalho são as diversas formas de energia presentes no ambiente de trabalho, tais como:

Normalmente, mais de um dos itens citados estão presentes no ambiente de trabalho, entretanto, muitas das vezes não são considerados como um risco. Esta situação ocorre pois, a probabilidade de causarem danos é muito pequena.

Um exemplo é o ruído, que por certo esta presente e todos ambientes de trabalho, entretanto, só é prejudicial a partir de certa intensidade e tempo de exposição do trabalhador.

A NR15 define esses parâmetros, desta forma, para ambientes com ruído incomodo, é recomendado realizar medições, Com tais informações deve-se verificar se o resultado está de acordo com a legislação. Os efeitos dos riscos físicos vão desde irritação e cansaço até o câncer.

Riscos Químicos
  • Os riscos químicos no ambiente de trabalho caracterizam-se pela possibilidade do contato do trabalhador com substâncias, compostos ou produtos tóxicos.

Os produtos químicos podem penetrar no organismo do trabalhador através da via respiratória ou serem absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão, podendo causar agravos à saúde.

Outra forma de risco químico é a presença de substâncias que diminuem a concentração de oxigênio em um ambiente específico, podendo levar a morte do trabalhador por asfixia simples, ou seja, pela falta de oxigênio no ar.

Como exemplos de riscos químicos temos as poeiras minerais, a poeira do bagaço da cana-de-açúcar assim como os fumos metálicos liberados em processos de fundição.

Os riscos químicos causam consequências como, dores de cabeça, irritação, doenças pulmonares e até mesmo a morte.

Conheça cada riscos no curso Riscos e Insalubridades no Processo Produtivo.

Riscos Ergonômicos
  • Já os riscos ergonômicos no ambiente de trabalho são os fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, proporcionando desconforto ou doença.

Alguns exemplos são: postura, esforço físico, monotonia no ambiente de trabalho entre vários outros exemplos.

Riscos Mecânicos
  • Os riscos mecânicos no ambiente de trabalho, também conhecidos como risco de acidente, são fatores que colocam em perigo a integridade física do trabalhador.

Os ricos mecânicos são gerados per agentes que precisam de contato físico direto com a vítima. Envolvem equipamentos, objetos, arranjos físicos, ferramentas, entre outros.

Riscos Biológicos
  • Os riscos biológicos no ambiente de trabalho ocorrem por meio de microrganismos que, em contato com o homem, como exemplo, temos os vírus, fungos, bactérias e parasitas.

COMO FAZER O MAPA DE RISCOS?

Como vimos, para elaborar o Mapa de Riscos é preciso identifica os riscos existentes no trabalho, e posteriormente definir os diferentes níveis de riscos.

Com a finalidade de definir os diferentes níveis de riscos, é realizado um confronto entre probabilidade e consequências do dano, para isso, é montada uma matriz de nível de risco.

A ferramenta tem a função de quantificar os riscos, separando-os em diferentes níveis de atenção.

Para mais informações, conheça nosso curso completo de Análise de Riscos e Mapa de Riscos.

Com estas informações é hora de montar o mapa de riscos.

Mas como identificar os riscos? Analisar sua probabilidade de ocorrer? E seu possível dano?

Como vimos a Análise de Riscos em Segurança do Trabalho é a base para se montar a matriz de nível de Riscos, então vamos conhecer um pouco mais a ART.

Análise de riscos segurança do trabalho

A Análise de Riscos é o início da elaboração do mapa de riscos, assim como a etapa mais importante e complexa, consequentemente, é importante que o profissional tenha alguns conhecimentos:

  • Processo e procedimentos produtivos da empresa,
  • Ambiente de trabalho da empresa,
  • Equipamentos e produtos utilizados,
  • Legislação,
  • Histórico de acidentes da empresa e do ramo de atividade da empresa,
  • Levantamentos ambientais já realizados pela empresa, e se necessário, realizar novos.

Na busca por possíveis riscos a conversa com os trabalhadores de maneira informal ou a partir de um questionário pré-definido têm grande importância, visto que as queixas mais comuns devem ser analisadas.

As causas mais frequentes de ausência ao trabalho, dentre outros indicadores de saúde, devem ser analisados .

Outro ponto importante para se realizar a análise de risco é conhecer a jornada de trabalho dos colaboradores do local, pois, o tempo de exposição ao risco tem grande influência sobre a probabilidade de um acidente ocorrer ou um agente insalubre prejudicar a saúde do trabalhador.

Nessa análise ainda deve ser considerada as atividades não rotineiras e as intermitentes, ou seja, aquelas que não acontecem durante todo o dia, ou aquela que só acontece em alguns dias específicos.

Grupo Homogêneo de Exposição

Na avaliação dos riscos recomenda-se criar o GHE (Grupo Homogêneo de Exposição), que representa um grupo de trabalhadores expostos ao mesmo risco. Como resultado não é necessário realizar o estudo por trabalhador, e sim, por GHE. Vale ressaltar que é necessário que o período de exposição dos integrantes do GHE seja o mesmo.

Para o mapa de riscos,adapta-se a análise do riscos habitual ao focar o local onde os riscos esta presente e não a atividade.

Deve-se sempre analisar as questões legais em relação aos riscos identificados, por exemplo, na análise de um serviço que exige tarefas em espaço confinado, deve-se conhecer a NR33, que legisla sobre trabalhos realizados em espaço confinado. Muitas das vezes, a legislação exige uma avaliação quantitativa, ou seja, a realização de levantamento da concentração de agentes nocivos à saúde presentes no ambiente estudado.

Como desenhar o Mapa de Riscos

A representação do mapa de riscos deve ser de fácil compreensão.

Sobre o croqui do ambiente de trabalho em análise desenha-se círculos.

  • Cada circulo representa um risco diferentes.
  • Os círculos devem possuir diferente tamanho, visto que seus danos potenciais e probabilidades de acontecer são diferentes. Desta forma, quanto maior o risco maior o circulo.
  • Cada círculo possui cor específica que representa o grupo de risco que ele pertence.
  • Legenda facilitando a compreensão do mapa de riscos.

Mapa de Risco Cores

Risco biológico – cor marrom;

Risco Mecânico – cor azul;

Risco químico – cor vermelha;

Risco ergonômico – cor amarela

Risco Físico – cor verde.

Gostaria de aprender a realizar um Análise de Riscos e elaborar um Mapa de riscos? Conheça nosso curso! Análise de Risco & Mapa de Risco

Ferramenta 5W2H
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Plano de Ação – Segurança do Trabalho

Plano de Ação e a Segurança do Trabalho

Leia também: Interpretação das Normas ISO 9001 e 14001 Versão 2015

Os técnicos e engenheiros de segurança do trabalho são os profissionais responsáveis por identificar e prevenir possíveis situações de risco. Desse modo buscam evitar doenças e acidentes do trabalho, e consequentemente prejuízos financeiros.

O Plano de Ação em Segurança do trabalho é uma ferramenta que auxilia estes profissionais na busca da saúde e segurança do trabalhador.

Para que que este profissional consiga desenvolver suas atribuições com qualidade, não basta apenas fiscalizar o ambiente de trabalho ou o uso do EPI, como exemplo. Isto é, o profissional deve buscar melhorias constantes, analisando o passado e presente e planejando melhorias para o futuro.

É nesse contesto que o Plano de Ação em Segurança do Trabalho entra.

O que é plano de ação?

O Plano de Ação é,  basicamente , um planejamento para se alcançar um objetivo. Porém não é tão simples assim, mas com a técnica certa e comprometimento pode ficar fácil.


Como elaborar um plano de ação

Passos para o Plano de Ação:

  • Identificação do Problema.  A identificação do problema pode ocorrer de diferentes formas, por exemplo:
    • Durante a elaboração do PPRA;
    • Através de Análise Preliminar de Riscos APR;
    • Após um acidente ou incidente do trabalho
  • Estudar a Situação, ou seja, conhecer as características das tarefas, como elas são realmente executadas durante os diferentes momentos do dia. Deve-se buscar entender os fatores que interferem na atividade. No caso de acidente ou incidente do trabalho, recomenda-se realizar a investigação do acidente de trabalho. Por fim, sempre que necessário, realizar levantamentos ambientais.
  • Definição de Ações e Metas , ou seja, realiza-se um planejamento, e como vimos, o plano de ação nada mais é que um planejamento. A definição dos objetivos, responsáveis, prazos, método e custos são o mínimo necessário para um bom plano de ação.
  • Ação, assim sendo, é hora de colocar a mão na massa e iniciar as melhorias. Para isso deve-se respeitar o planejamento, e quando realmente necessário, atualizar o planejado.
  • Avaliação das ações realizadas. O objetivo foi alcançado? Dentro dos prazos e custos? Ainda há melhorias a serem realizadas? Como resultado, quando há riscos residuais, esta etapa reinicia o projeto, funciona como a etapa de Identificação do Problema.

Ferramenta 5W2H para SST

A ferramenta 5W2H é utilizada para a organização do Plano de Ação. Foi desenvolvido para diferentes situações e complexidades, desta forma, pode ser utilizada por uma equipe de uma grande empresa, assim como pelo designado CIPA em uma tarefa simples.

A ferramenta 5W2H ganhou mais popularidade com a disseminação das técnicas de gestão da qualidade e, em seguida, com as de gestão de projetos.

Basicamente, a ferramenta representa 7 diferentes perguntas. O nome 5W2H vem da letra inicial de cada pergunta em inglês, em resumo:

  • O que (What) deve ser feito?
  • Por que (Why) deve ser implementado?
  • Quem (Who) é o responsável pela ação?
  • Onde (Where) deve ser executado?
  • Quando (When) deve ser implementado?
  • Como (How) deve ser conduzido?
  • Quanto (How much) vai custar a implementação?

A ferramenta 5W2H pode ser utilizada para colocar em prática uma decisão simples na empresa, como a aquisição de um novo equipamento.

Por outro lada, a mesma ferramenta, pode ser utilizada em uma readequação complexa em uma fábrica como consequência de um acidente.

Nas situações menos complexas, simples respostas das perguntas 7 perguntas do 5W2H, mesmo que no corpo de uma mensagem eletrônica, já pode ser suficiente para a elaboração do plano de ação. Mas lembre-se, não adianta ficar apenas no PLANO, deve-se colocar em AÇÃO, e por fim, avaliar os resultados.

Assim sendo, não existe desculpa para não se elaborar um plano de ação em segurança do trabalho, já que a ferramenta 5W2H veio para facilitar.

Plano de Ação - Ferramenta 5W2H
Tabela 5W2H utilizada em planos de ação.

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