Gestão de Resíduos

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Gestão de Resíduos – Política Nacional de Resíduos Sólidos

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Neste artigo vamos falar sobre Gestão de Resíduos, e como sempre aqui na Valor Crucial Treinamentos começamos pelas definições. Há certa confusão entre a diferença entre lixo, resíduo e rejeito.

Lixo

Lixo é basicamente o que é jogado fora. e como sabemos muitas vezes o que é lixo para alguns pode ser útil para outros.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define o lixo como os restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo se apresentar no estado sólido e líquido, desde que não seja passível de tratamento.

Observe que a definição diz “considerados pelos geradores como inúteis”, e este ponto é muito importante. Na boa gestão de resíduos pensamos em resíduo e rejeitos e não em lixo. Pois ao buscar uma solução para o “lixo” ele se “transforma” em rejeito ou resíduo.  

Resíduo

Resíduo é aquilo que é considerado inútil para o gerador, mas matéria prima para outros, ou até mesmo para o gerador após identificar uma oportunidade de reaproveitamento. A gestão de resíduos tem este objetivo, transformar o lixo em matéria prima. Assim o gerador deixa de gerar lixo e começa a gerar resíduos que são aproveitados pelo próprio gerador ou por outra empresa, reduzindo o volume de material descartado, rejeito, podendo até mesmo ser uma nova fonte de receita ou economia.

Rejeito

O rejeito é um material residual ou subproduto resultante de um processo industrial que não tem mais utilidade ou valor comercial e é descartado ou armazenado em condições seguras. A destinação de forma segura é um ponto importante na gestão de resíduos.

Agora que você já sabe a diferença entre os termos vamos ver os tipos de lixos que podem ser resíduos ou rejeitos.

Tipos de Lixos

Lixo Domiciliar

  • Casas;
  • Comércios;
  • Repartições Públicas;
  • Escritórios.

Materiais comuns

  • Restos de alimentos
  • Papeis e papelões
  • Plásticos;
  • Vídeos;
  • Trapos;
  • Etc.

Lixo Industriais

Lixos resultado dos processos produtivos que precisam de um tratamento específico.

Lixo Hospitalar

Gerados em Hospitais e clínicas este material também necessita de tratamento específico pois podem transmitir doenças.

lixo agrícola

Gerados na agricultura e pecuária. Os vasilhames utilizados para armazenamento de agrotóxicos e fertilizantes representam o maior risco par ao meio ambiente pois podem contaminar o solo, o lenção freático e as águas de rios e córregos.

Lixo eletrônico

É um problema que vem crescendo junto com o avanço na utilização dos aparelhos eletrônicos que possuem rápida obsolescência, que é a perda da sua utilidade devido ao avanço de novas tecnologias.

Inclui também as pilhas e baterias. As baterias de carros elétricos vêm se tornando cada vez mais uma ameaça ao meio ambiente devido sua toxidade e perda de capacidade após varios ciclos de recarga.

Para tratar da melhor forma possível o lixo temos a política nacional de Resíduos Sólidos.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

Em 2010 o governo brasileiro criou a política nacional de resíduos sólidos com o objetivo de definir ações ambientais nas questões de coleta, tratamento e destinação correta dos resíduos sólidos.

Os resíduos sólidos são definidos como sendo todo material substância, objeto ou bem descartado resultante de atividade humanas em sociedade.

Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010)

A Política Nacional de Resíduos Sólidos classifica os resíduos em 3 classes com base na NBR 10004/04:

  • Resíduos Classe I Perigosos
  • Resíduos Classe II A não inertes
  • Resíduos Classe II B inertes

Resíduos Classe I – Perigosos

Os resíduos que são considerados perigosos, são aqueles que conferem risco a saúde pública, causando mortalidade ou riscos consideráveis ao meio ambiente se forem destinados de forma incorreta. Esses rejeitos têm características como corrosividade, toxicidade inflamabilidade, reatividade ou patogenicidade.

Exemplos: Óleo e Tintas

Resíduos Classe II A não inertes

São resíduos que ainda reagem com a natureza, de forma que ainda podem causar riscos a saúde e ao meio ambiente. Eles apresentam comportamentos de combustibilidade, solubilidade e biodegradabilidade. Um exemplo são insumos orgânicos.

Exemplos: Papel e Plásticos

Resíduos Classe II B – inertes

São considerados inertes, porque não são reativeis, em contato com a água. Segundo a ABNT, não apresentam solubilidade considerável. Ou seja, não reagem. Um exemplo é o vidro. Estes não oferecem riscos diretos à saúde e meio ambiente.

Exemplos: Tijolo e Vidro Quando os Resíduos não têm mais utilidade deve ser descartado da forma correta.

Principais destinos dos rejeitos:

  • Rejeitos perigosos – Classe I: aterros industriais, coprocessamento, incineração, autoclavagem, micro-ondas, devolução ao fabricante;
  • Rejeitos não inertes – Classe II A: a destinação final desses resíduos pode ser compostagem, geração de bioenergia, aterros sanitários e reciclagem;
  • Rejeitos – Classe II B inertes: esses rejeitos preferencialmente são reciclados, em sua maioria, e o que realmente não pode ser aproveitado, pode ser levado a aterros sanitários.

Para facilitar o processo de reaproveitamento de resíduos ou destinação correta dos rejeitos é necessário a separação dos matérias e assim foi implementado em muitos locais a coleta seletiva que têm regras de cores.

Coleta seletiva – CORES

  • Azul: Papel e papelão;
  • Vermelho: Plástico e Isopor;
  • Verde: Vidro;
  • Amarelo: Metal;
  • Preto: Madeira;
  • Laranja: Resíduo Perigoso ou contaminados (Ex: serragem contaminada com óleo.);
  • Branco: Resíduo Hospitalar;
  • Roxo: Resíduos Radioativos;
  • Marrom: Resíduos orgânicos;
  • Cinza: Não recicláveis

Até mesmo na coleta seletiva temos os coletores para materiais não recicláveis ou rejeitos. O destino desses materiais é serem depositados, o que ocorre muitas vezes com materiais recicláveis devido à dificuldade em reciclar ou os custos.

Devemos pensar em soluções para todos os materiais, recicláveis ou não, e que não envolvem apenas o descarte correto.

5R – Gestão de Resíduos

São 5 passos que se forem seguidos e respeitados, ajudam a preservar o meio ambiente e a qualidade de vida no planeta.

  • Reciclar

Cada Material que é reciclado representa menos consumo de água, energia elétrica, matéria-prima e desmatamento em geral.  A coleta seletiva vem para facilitar esse processo.

  • Reduzir

A melhor forma de cuidar do meio ambiente é reduzir o consumo e a produção de lixo

  • Reutilizar

Antes de descartar alguma coisa, pense se pode ser reutilizada, como caixas de papelão ou embalagens vazias.

  • Reeducar

Além de se manter informado sobre as questões ambientais, espalha informação e ensine sobre os cuidados necessários para aqueles que não sabem.

  • Planejar;

Mudanças nas vidas são necessárias. Esse é o momento de repensar os hábitos, planejar os nossos gastos, estilo de vida e de consumo. Um exemplo é introduzir na rotina embalagens retornáveis no lugar de embalagens descartáveis, o que além de fazer bem ao meio ambiente pode fazer bem ao seu bolso.

Os 5R também funcionam para as empresas.

Destinação do Resíduo para Empresas

Os transportadores e receptores de resíduos devem ser adequadas às características dos resíduos, bem como aos requisitos legais de cada município e possuir licença ambiental para a atividade.

Transporte, tratamento e Destinação Final

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